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Por Redação O Sul | 28 de maio de 2019
O setor agropecuário em 2019 deve avançar 0,6%, segundo projeção do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgada nesta terça-feira (28). Ao rever a previsão, o instituto sinalizou uma melhora no crescimento do setor neste ano. Em fevereiro, a perspectiva era que a alta fosse de 0,4%. O cálculo do instituto indica um crescimento ainda lento do segmento, que apresentou alta de 0,1% no ano passado, após ter um crescimento recorde em 2017, de 12,5%.
O segmento que deve impactar mais o avanço do setor neste ano é a pecuária, com forte contribuição do grupo bovino – cujo crescimento deve ser de 3% em relação ao ano passado. Os dados confirmaram a projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que colocou em destaque a produção de bovinos, suínos e leite.
No caso do grupo suíno, o aumento de 5,6% ocorre devido à disseminação da peste suína africana na China, que impacta a produção no país asiático. Já a agricultura deve ficar com um desempenho menor, avançando 0,1% no período.
Apesar da projeção de uma alta expressiva do milho (12,6%), algodão (29%) e café (10%), o comportamento deve ficar tímido devido à queda no que era previsto para a produção de soja. A safra da oleaginosa deve recuar 4,4%, de acordo com o LSPA (Levantamento Sistemático da Agricultura), índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Confiança da indústria
O ICI (Índice de Confiança da Indústria) da FGV (Fundação Getulio Vargas) caiu 0,7 ponto em maio, para 97,2 pontos, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (28). Com a queda, o indicador anulou a alta observada no mês anterior e voltou ao patamar de março e ao nível mais baixo do ano.
“As expectativas da indústria continuaram piorando em maio e retratam agora um empresariado ligeiramente pessimista em relação aos próximos meses. Quanto ao desempenho do setor no mês, há sinais dúbios. Após meses andando de lado, o nível de utilização da capacidade voltou a subir, mas houve, em paralelo, acúmulo de estoques indesejados”, disse Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE.
O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) subiu 0,8 p.p, retornando para 75,3%, o mesmo nível de novembro de 2018. O ISA (Índice da Situação Atual) permaneceu estável em 98,5 pontos. Já o IE (Índice de Expectativas) caiu 1,5 ponto, para 95,9 pontos.
O indicador que mede a perspectiva de contratações do setor nos três meses seguintes recuou 3,6 pontos, exercendo a principal influência para o índice geral. A parcela de empresas que preveem aumento do total de pessoal ocupado caiu de 17,6% para 13,9% entre abril e maio, enquanto a das que projetam diminuição aumentou de 16,8% para 17,1% do total.
Em menor proporção, o indicador que mede otimismo dos empresários em relação à evolução do ambiente de negócios nos seis meses também recuou, passando de 100,0 pontos em abril para 98,4 em maio, indicando leve pessimismo.