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Brasil O pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro negou influência sobre os manifestantes durante a greve dos caminhoneiros e rejeitou a intervenção militar no País

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A fala de Bolsonaro foi uma referência a um discurso em que a presidente cassada Dilma Rousseff afirmou que podia “fazer o diabo quando é hora da eleição”. (Foto: Câmara dos Deputados)

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirma que a paralisação dos caminhoneiros já chegou ao seu ápice e precisa acabar. “Não interessa a mim, ao Brasil, o caos agora”, afirmou. Em entrevista, o deputado negou ter ligação com suas lideranças, especulação que cresceu nos últimos dias devido à presença frequente de apoiadores de sua candidatura entre os manifestantes.

Por “caos” ele exemplificou a ideia de derrubada do presidente Michel Temer (MDB). “Se faltasse um ano e meio, dois, três, tudo bem, pô.” Bolsonaro repeliu a defesa de intervenção militar esposada por vários dos caminhoneiros em faixas, grupos de WhatsApp e bloqueios. “Se tiver de voltar [os militares], que volte pelo voto”, disse, para não “dar essa bandeira para o PT dizer que foi golpe, porque aí foi golpe mesmo”, afirmou.

O presidenciável falou pela primeira vez na paralisação em sua conta no Twitter. Ele deu apoio aos caminhoneiros e prometeu revogar eventuais multas caso eleito em outubro, mas criticou bloqueios de estradas. Sua inflexão pelo fim do movimento ocorre no momento em que estão se agudizando os efeitos do desabastecimento em centros urbanos. A modulação está em linha com o que defendem alguns de seus estrategistas, que temem a associação da imagem do deputado à de um radical.

Entrevista:

1) Como o sr. vê o movimento dos caminhoneiros?

Caso eu fosse presidente, isso não teria acontecido, pois há dois anos eu acompanho o movimento dos caminhoneiros. Estive com eles em Gramado, no Rio e em Brasília.

2) Nos últimos dias, o sr. foi o personagem político mais associado ao movimento. Como se deu isso?

Eu não participei da eclosão do movimento. O Temer resolve agora isentar o pedágio por eixo levantado por MP, isso é uma reivindicação antiga deles, que eu conhecia. Eu vejo críticas na mídia de que o Temer está passando por cima de um contrato, mas não é um ato jurídico perfeito. Se é uma cláusula leonina,
ela pode ser questionada na Justiça.

3) O que faltou?

Faltou bom senso por parte do governo e por parte das empresas que exploram o governo. Há a questão do preço extorsivo do pedágio. A lombada eletrônica é outro problema. Deve ter mais de mil lombadas na BR-116, e isso vai para o frete, e acaba no preço do feijão que compramos no mercado.

Outro problema deles é a condição das estradas. E, em especial no Sudeste, roubo de carga. O prejuízo anual está na casa do R$ 1,5 bilhão, eu ouvi em reuniões em Brasília. E o governo não manda um representante nessas reuniões.

4) O sr. se disse contrário a bloqueios, mas apoiou o movimento. A paralisação chegou a um ponto em que, refluindo ou não, está afetando a população na ponta. Como fica o apoio?

Eu estou conversando com, não digo lideranças, mas gente deles. Não existe liderança, tem muito voluntarismo. Eu estou dizendo para eles que isso é igual a remédio, se tomar demais, vira veneno.

Querem tirar o Temer? A eleição está chegando, faltam cinco meses. Se faltasse um ano e meio, dois, três, tudo bem, pô. Estão faltando poucos meses. Por isso eu estou batendo na tecla de que a lei do voto impresso precisa ser cumprida, acabar com aquela suspeição sobre fraude.

5) E como o sr. vê o pedido de intervenção militar?

Isso vem de um grupo pequeno. No desespero, cara, você pede qualquer coisa. Na minha opinião, dos meus amigos generais, se tiver de voltar um dia, que volte pelo voto.

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