Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2018
				Depois de participar de um evento em São Paulo nessa segunda-feira, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que a economia brasileira crescerá 4% no ano que vem, se ele for escolhido o novo titular do Palácio do Planalto.
“Pode escrever: o País crescerá 4% em meu primeiro ano de mandato”, garantiu. “O Brasil está passando por uma crise de confiança mas se tiver confiança, terá investimento, e eu tenho credibilidade.
Em julho passado, ele já havia dado uma declaração nessa mesma linha, dizendo que “a Bolsa de Valores vai para 100 mil pontos se eu chegar lá”. O tucano se ampara na equipe econômica de sua candidatura, que, liderada por Persio Arida, é considerada o time dos sonhos pelo mercado.
Também nessa segunda-feira, em entrevista à imprensa após atividades de sua agenda de campanha, o ex-governador de São Paulo prometeu “apertar o cinto do governo federal para não ter que apertar o cinto do povo”. Segundo ele, “a população já está muito sacrificada”.
“Esse déficit absurdo, que está comprometendo a economia brasileira, nós vamos zerar, pelo lado do governo, cortando gastos, diminuindo ministérios. Temos 146 empresas estatais e não há qualquer razão para isso. Uma parte delas dando prejuízo para a população”, ressaltou.
O tucano afirmou ainda que pretende rever subsídios do Estado a setores econômicos: “Tem 4% do PIB, R$ 280 bilhões vai para R$ 312 bilhões no ano que vem em incentivos. Vamos passar um pente fino em todos eles para ver o custo-benefício”.
Estacionado em sondagens eleitorais, ele disse que não vai mudar estratégia em razão de pesquisas eleitorais. Também reiterou confiar em “uma onda mais ao final” a seu favor, sugerindo que ainda está no páreo e que uma virada de última hora pode levá-lo ao segundo turno.
Bolsonaro
Fontes ligadas à campanha de Geraldo Alckmin consideram uma sucessão de erros a exposição de Jair Bolsonaro no hospital depois de ser alvo de uma facada em Juiz de Fora (MG) na última quinta-feira.
Aliados disseram que a fotografia em que o presidenciável do PSL simula segurar uma arma com as mãos dentro do leito, com robe hospitalar e ligado a aparelhos é um gesto de gente perturbada. Auxiliares consideram uma “forçação de barra” o vídeo gravado pelo senador Magno Malta (PR-ES) mostrando o candidato ainda grogue, horas depois do atentado.
Conforme o jornal “Folha de S.Paulo”, a campanha tucana identificou que não houve uma comoção incondicional ou aumento considerável de empatia a Bolsonaro devido ao ataque. A reação é mais polarizante do que agregadora, avaliaram estrategistas tucanos após pesquisas qualitativas.
Nessa segunda-feira, o próprio Alckmin afirmou que “os brasileiros já têm problema demais, não podemos ter um presidente que seja mais um problema. Uma coisa é a solidariedade a quem foi vítima de um atentado vil e covarde, o qual condenamos duramente. Outra são os destinos do País, unir e fazer mudanças de que o Brasil precisa”.