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Brasil O presidenciável Geraldo Alckmin perdeu o voto dos eleitores mais ricos

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Alckmin em caminhada no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. (Foto: Ciete Silvério/Divulgação/Fotos Públicas)

As trajetórias opostas de Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) nas pesquisas de intenção de voto podem ser explicadas por um fator: a troca de guarda dentro do eleitorado que mais se identifica com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto Haddad avança sobre os eleitores nordestinos, menos escolarizados e de renda mais baixa, Marina perde espaço nestes estratos em velocidade acelerada. Já o candidato do PSD, Geraldo Alckmin, perdeu votos de eleitores mais ricos

Em uma pesquisa realizada em junho, o Datafolha identificou que 17% dos eleitores de Lula migrariam para Marina caso ele não pudesse ser candidato, o que colocava, à época, a candidata da Rede como a principal beneficiada pela saída do ex-presidente da disputa. Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula teve a candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com base na Lei da Ficha Limpa.

De junho para cá, no entanto, houve uma inversão de cenário. As curvas de intenção de voto dentro dos recortes em que Lula é mais forte expõem a mudança. No final de agosto, ainda com poucos dias de campanha oficial em andamento, Haddad marcava 5% no Nordeste – foi a 13% na primeira semana de setembro e chegou a 20% na sondagem divulgada na sexta-feira.

Marina tinha 19%, caiu para 11% e agora tem 8%. Com base nos números de Lula na região – tinha 59% da preferência dos eleitores em agosto -, há margem para Haddad seguir o curso de crescimento. De acordo com o Datafolha, o petista é menos conhecido pelos eleitores do que seus principais adversários na disputa pela herança lulista: 71%, contra 92% de Marina e 86% de Ciro Gomes (PDT).

Movimentos semelhantes aconteceram entre os eleitores que cursaram no máximo até o ensino fundamental e que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos. Na faixa menos escolarizada, Haddad saiu de 2% para 8% e agora alcançou 14%, enquanto o desempenho de Marina caiu à metade em três semanas: ela começou a série histórica com 18%,desceu para 12% e foi a 9%.

No eleitorado mais pobre, o petista multiplicou o desempenho por cinco no período: tinha 3%, passou para 10% e chegou a 16%. Já a candidata da Rede caiu de 19% para 13% e desceu mais um patamar no levantamento mais recente, quando marcou 10%.

As dificuldades do candidato do PSDB

Outros recortes da pesquisa ajudam a traduzir as dificuldades do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Entre os mais ricos (renda mensal acima de dez salários mínimos), setor em que o PSDB alcançava bons números, segundo pesquisas de eleições presidenciais passadas, o tucano vê seu desempenho cair e o de seus concorrentes avançarem.

Na comparação com a sondagem anterior, Alckmin caiu dez pontos percentuais (de 14% para 4%). Ciro Gomes, por sua vez, subiu de 11% para 19%, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) foi de 31% para 36%. Neste mesmo recorte, Alckmin está numericamente atrás, em situação de empate técnico, com João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB), ambos com 7%; Marina, com 6%; e Haddad, com 5%.

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https://www.osul.com.br/o-presidenciavel-geraldo-alckmin-perdeu-o-voto-de-eleitores-mais-ricos/ O presidenciável Geraldo Alckmin perdeu o voto dos eleitores mais ricos 2018-09-16
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