Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2018
O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro voltou a se manifestar do hospital no último sábado (8) em sua conta oficial no Twitter. Além de agradecer o apoio que vem recebendo desde o ataque a faca, o deputado disse que “tão grave quanto a corrupção, é tentar roubar a nossa liberdade”.
Bolsonaro está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde sexta-feira (7), quando foi transferido de Juiz Fora, em Minas Gerais, onde sofreu o atentado durante ato de campanha.
O candidato do PSL não deverá mais fazer campanha nas ruas neste primeiro turno. De acordo com seu filho Flávio, Bolsonaro deve se concentrar nas redes sociais. O presidenciável ainda dará orientações sobre a estratégia da campanha daqui em diante, ainda segundo Flávio, tendo a possibilidade de os filhos representarem o pai em eventos de rua.
Anemia
O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, divulgou no final da tarde deste domingo (9), um novo boletim sobre o estado de saúde do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. Segundo o comunicado, o presidenciável “continua em evolução” e ainda apresenta uma “leve anemia”, decorrente do sangramento causado pela facada que levou no abdômen na última quinta-feira (6), em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
O boletim informa que as complicações intestinais do trauma à faca estão regredindo e há a possibilidade de que Bolsonaro volte a se alimentar normalmente, sem sonda na veia, nos próximos dias.
“A circulação do intestino para o fígado está preservada. A paralisia intestinal decorrente do grande trauma mostra sinais de que está em regressão, ou seja, é possível que, nos próximos dias, a função intestinal se normalize e o paciente passe a ingerir alimentos por via oral”, diz o informativo, assinado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo.
Ainda conforme o boletim, são mantidos “cuidados de fisioterapia”, incluindo caminhadas, sem que Jair Bolsonaro sinta dor. Os exercícios se destinam a reduzir riscos de trombose, complicações pulmonares e acelerar a recuperação do funcionamento do intestino. No sábado, o presidenciável se sentou por 30 minutos e caminhou por 5 minutos pela primeira vez desde o atentado, dentro do quarto na Unidade de Tratamento Intensivo.
O deputado estadual fluminense Flávio Bolsonaro, filho do candidato, publicou, em sua conta no Twitter, uma foto em que Bolsonaro aparece sentado e fazendo gestos que imitam armas.
A cirurgia
Segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora, que operaram Jair Bolsonaro, a facada desferida pelo ajudante de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira no candidato causou uma “volumosa hemorragia interna”, deixou três perfurações no intestino delgado, que foram suturadas, e uma “lesão grave” no cólon transverso, uma porção do intestino grosso. Neste caso, não houve pontos, mas um procedimento chamado de colostomia, que consiste na exteriorização de parte do intestino em uma bolsa, onde são excretados fezes e gases.
Bolsonaro deve ficar cerca de dois meses com a bolsa da colostomia e, então, será operado novamente para reverter o procedimento. Na sexta-feira, Flávio Bolsonaro disse que ele não deve mais fazer campanha nas ruas.
Adélio foi preso em flagrante após o atentado e, no sábado, foi transferido pela Polícia Federal ao presídio federal de Campo Grande (MS).