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Brasil O presidenciável Jair Bolsonaro usa um colete à prova de balas e tem um ex-integrante do Bope em sua equipe de seguranças voluntários. Eles recebem apenas alimentação, passagens e estadia

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O parlamentar também evita viagens em aviões particulares. (Foto: Agência Brasil)

O pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem em sua equipe de segurança um ex-integrante do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro) e um capitão da reserva do Exército que serviu no BFEsp (Batalhão de Forças Especiais).

Especialista em escolta de autoridades, ele é o coordenador do grupo, que conta com cinco pessoas. O capitão também fez parte do time de militares e agentes federais que protegeu a então presidenta Dilma Rousseff (2011-2016).

De acordo com a assessoria de Bolsonaro, todos os seguranças que atuam na pré-campanha são voluntários. Recebem apenas alimentação, passagens aéreas e estadia – despesas bancadas pelo PSL.

Nas diversas visitas que faz a estados durante a pré-campanha, Bolsonaro também recebe o apoio voluntário de policiais civis e militares e integrantes das Forças Armadas que se oferecem para trabalhar durante seus horários de folga.

Para o coronel da reserva Fernando Montegro, que integrou o BFEsp do Exército e mantém relação próxima com integrantes da equipe de segurança de Bolsonaro, o apoio voluntário ocorre porque o pré-candidato tem um discurso com “viés para a área de segurança”: “Tem pessoas nos locais aonde ele vai que o apoiam sem cobrar, espontaneamente”.

Ainda segundo Montenegro, Bolsonaro “não sataniza a categoria policial e se mostra sensibilizado com policiais que morreram em serviço”. A preocupação do presidenciável com a segurança faz com que, às vezes, use colete à prova de balas. No início do mês, apareceu no calçadão da Barra da Tijuca vestindo o equipamento.

A apreensão com a própria segurança, reforçada nos últimos dias pela assessoria do pré-candidato, extrapola a preocupação que diz ter com possíveis atentados (faz parte também da estratégia da pré-campanha de apresentá-lo como um incômodo à política tradicional, ultimamente uma das principais “pautas” do deputado). Inclui evitar viagens em aviões particulares.

“Não ando de avião particular, já me ofereceram mas não entro”, garante. “A questão de mortes no Brasil: teve o Eduardo Campos, o presidente da Bancoop [Luís Eduardo Malheiro, morto em acidente de carro em 2004, na Bahia] e o Celso Daniel”, citou Bolsonaro, em referência ao assassinato do ex-prefeito petista de Santo André (SP), em 2002.

Ele ainda diz que pode ser alvo, por ser “um problema para o sistema”, conforme ressaltou em uma entrevista à imprensa nesta semana: “Não entro em detalhes de segurança. Tá na cara que estou sendo um problema para o sistema, não é para esse partido ou aquele, é para o sistema”.

Outros

De forma diferente da adotada por Jair Bolsonaro, os demais presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas atuam de forma muito mais tímida em relação à própria segurança particular.

A pré-candidata da Rede, Marina Silva, não tem serviços de segurança contratados. Há apenas uma equipe que vai aos locais das agendas para averiguar a infraestrutura e fazer os contatos políticos com a base de apoio.

Como ex-governador, Geraldo Alckmin (PSDB) tem direito à segurança nos próximos quatro anos. Em eventos públicos, é acompanhado por um segurança. Ele também tem, por hábito, viajar em voos de carreira.

O senador paranaense Alvaro Dias, pré-candidato do Podemos, costuma viajar para muitas de suas agendas sozinho, sem nem mesmo assessores. Em maio, em uma agenda em Minas Gerais, Dias foi abordado por militantes do PT enquanto tomava café da manhã sozinho em um hotel.

As acusações de “golpista” foram gravadas e divulgadas em redes sociais. Depois disso, sua assessoria insistiu para que não viajasse desacompanhado, mas ele disse que não estava preocupado com críticas ou com sua segurança.

O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, por sua vez, garante que não toma precauções-extra de segurança. “Ele nem gosta disso”, relata o presidente do partido, Carlos Lupi. “O que fazemos é orientar a militância para ficar próxima dele nas agendas externas, mas nada além disso.”

Desde 2002, a PF (Polícia Federal) disponibiliza agentes para candidatos após o início formal das campanhas, o que ocorrerá em agosto.

tags: segurança

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