Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a relação com Michel Temer não será a mesma de antes da votação das denúncias se o governo não reorganizar a base

Compartilhe esta notícia:

Maia disse que vai rejeitar todos os 25 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão parados em sua gaveta. (Foto: Lula Marques/AGPT)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast que vai rejeitar todos os 25 pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer que estão parados em sua gaveta. Segundo a sua argumentação, após ter sido leal a Temer nas duas denúncias, não faz sentido agora atuar contra o governo. Maia também disse que o presidente tem que “agradecer muito” o fato de ele não ter agido para derrubá-lo do Palácio do Planalto.

Como fica a sua relação com o Palácio do Planalto no pós-denúncia?

Minha origem na Presidência da Câmara foi independente e o Michel tem de agradecer muito de eu ter sido eleito e não ter feito o que eu podia ter feito. Eu poderia, na minha primeira legislatura, ter trabalhado dizendo o tempo todo que o governo não me ajudou, porque ele só apoiou a minha candidatura nas últimas 24 horas. Mas eu abracei a agenda do governo porque eu acredito na agenda da equipe econômica. Não foi uma questão de “eu sou governo”. Agora, eu não misturo as coisas: o presidente da República e o presidente da Câmara têm uma relação institucional muito boa e essa relação se mantém boa. Mas, o que eu estou dizendo, como presidente da Câmara, é que a relação não será uma relação amanhã igual a que foi antes das duas denúncias se o governo não reorganizar a base.

E como faz para reorganizar a base?

Tem vários caminhos para resolver. O que você não pode é achar que o resultado da denúncia gerou uma base de 250 votos. Ter base é ter base que confia no governo, na agenda do governo, mesmo quando vem uma pauta árida para a Câmara. Acho que numa pauta árida, o governo hoje não tem maioria.

Para o senhor qual seria o melhor caminho?

Se eu começar a falar vão dizer que eu estou querendo interferir no caminho que ele (Temer) vai decidir. Eu já falei muito até. Com denúncia o governo jogou muito individualmente, como é que você restabelece a liderança dos líderes nesse processo? Isso é uma coisa que o Michel vai ter de ver. Há a cobrança de alguns partidos, alguns acham que estão subrepresentados dentro do governo. É verdade, não é?

O DEM é um exemplo? Vocês só comandam o Ministério da Educação.

Educação é uma coisa gigantesca, o DEM não está demandando outro ministério, nunca demandou do presidente. O que estou dizendo é que tem partidos que se consideram subrepresentados, tem partidos que acham que outros estão super representados. Se o governo discorda dessa opinião dos partidos, tem de chamar os presidentes e seus líderes e dizer: você não está subrepresentado. Você está bem representado por isso e por isso. Se o governo acha que essa coalizão está construída de forma correta e se os partidos acham que não, tem alguma coisa errada, no mínimo, na comunicação entre os partidos e o governo. E o governo tem de resolver isso, eu não posso resolver isso, não tenho instrumentos para isso.

Pelo seu discurso, o senhor tem se mostrado mais independente. Nos corredores da Câmara dizem que o senhor pode ser o Eduardo Cunha do Temer.

Se eu quisesse ser o Eduardo Cunha do Temer eu teria sido nas denúncias. Ser agora é até ridículo. Se eu tive a clareza que não deveria me envolver nas denúncias, que um ativismo meu nesse processo ia gerar mais instabilidade para o Brasil, não seria inteligente da minha parte agora atrapalhar o governo, de forma alguma. Como é que agora vou trabalhar para essa instabilidade? Não tem a menor chance de eu fazer isso.

O que o senhor vai fazer com os pedidos de impeachment?

Daqui a pouco vou decidir. Acho que todos os temas do impeachment o Congresso já decidiu, a Câmara já decidiu. Os temas que estão nos pedidos estão diretamente relacionados às denúncias.

O governo vai conseguir aprovar a reforma da Previdência?

Reformas desse tamanho precisam estar patrocinadas pelo governo. Não tem alternativa. Por isso que digo que as próximas semanas serão decisivas para a gente entender qual verdadeiro tamanho do governo na Câmara. Mas com certeza, a reforma da Previdência não será a que a equipe econômica sonhou, que a gente sonhou. Acho que ela vai ter que se concentrar nos pontos mais importantes e que tratam basicamente de reforma em cima daqueles que ganham mais. Será uma reforma ainda muito light em relação ao que pode vir daqui a três, quatro anos, se nada for feito.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Manifestações de servidores marcam sexta-feira em Porto Alegre
Você concorda que ladrão que rouba de ladrão tem 100 anos de perdão?
https://www.osul.com.br/o-presidente-da-camara-dos-deputados-rodrigo-maia-disse-que-relacao-com-michel-temer-nao-sera-mesma-de-antes-da-votacao-das-denuncias-se-o-governo-nao-reorganizar-base/ O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que a relação com Michel Temer não será a mesma de antes da votação das denúncias se o governo não reorganizar a base 2017-10-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar