Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2020
O futebol será totalmente diferente quando for retomado depois do surto de coronavírus, afirmou nesta quinta-feira (02) o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
“O futebol voltará e, quando acontecer, celebraremos juntos o fim de um pesadelo”, disse ele em entrevista à agência de notícias italiana Ansa.
“Há uma lição, no entanto, que você e eu devemos ter entendido: o futebol que virá depois do vírus será totalmente diferente… (mais) inclusivo, mais social e mais solidário, conectado a cada país e ao mesmo tempo mais global, menos arrogante e mais acolhedor”, avaliou Infantino.
Ele ainda acrescentou: “Seremos melhores, mais humanos e mais atentos aos verdadeiros valores”.
Na semana passada, Infantino disse ao jornal Gazzetta dello Sport que era o momento certo para dar um passo atrás e reformar um esporte em que os calendários de jogos ficaram sobrecarregados e os recursos financeiros cada vez mais concentrados nas mãos de alguns clubes de elite.
Ele sugeriu que poderia haver “menos torneios, porém mais interessantes. Talvez menos equipes, porém mais equilíbrio. Menos partidas, porém mais competitivas, para garantir a saúde dos jogadores”.
Videoconferência
A Fifa clama por cooperação e solidariedade. Esses foram os termos usados pelo presidente Gianni Infantino, em discurso durante o Congresso da Conmebol. Os dirigentes se reuniram por videoconferência.
Além de pontuar que a questão de saúde é prioridade, suplantando os desejos relacionados ao futebol, Infantino ressaltou a necessidade de que sejam costurados acordos diante da pandemia.
“Temos que buscar soluções globais para atacar esses problemas globais. Com espírito de cooperação e solidariedade. Cada um tem seu interesse, é normal. Mas estou convencido que encontraremos solução para o calendário”, disse Infantino.
O presidente da Fifa, ao mesmo tempo, pontuou que a entidade discute o que se fazer com contratos de jogadores e janelas de transferências. Uma força-tarefa já começou a debater esse tema.
Mas as medidas ficam condicionadas ao retorno do futebol. Algo que a Fifa não se atreve a prever quando será.
“Gostaríamos de poder voltar o futebol amanhã, mas ninguém sabe quando será possível voltar. Temos que seguir as orientações das autoridades de saúde. Nenhum jogo de futebol pode valer o sacrifício de vidas”, pontuou Infantino.