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Brasil O presidente da Mangueira foi um dos presos em uma operação da Polícia Federal no Rio

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Chiquinho da Mangueira, um dos presos na operação, teria utilizado o Instituto Mangueira e a própria mãe, Maria Celeste. (Foto: Lucas Moritz/Alerj)

Entre os presos da Operação Furna da Onça, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (8), no Rio de Janeiro, está Chiquinho da Mangueira, presidente da escola de samba Estação Primeira de Mangueira e deputado estadual reeleito pelo Partido Social Cristão (PSC). Ele vai ficar detido temporariamente por até cinco dias. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com informações da Polícia Federal, o dirigente da verde e rosa é investigado, ao lado de outros nove companheiros de Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), pelo suposto recebimento de propinas mensais. A ele teriam sido dados cerca de R$ 3 milhões em suborno, recebido “perto de um carnaval”, disse o Ministério Público Federal.

A fala faz parte das acusações feitas pelo ex-gerente de propina de Sérgio Cabral, o economista Carlos Miranda, que disse em delação – negociada para diminuir sua pena de 61 anos para 20 – que Chiquinho e parlamentares receberiam além do suborno, cargos e vagas de trabalho para aprovar projetos do interesse de Sergio Cabral. A Polícia Federal está chamando o esquema de mensalinho da Alerj.

Para a imprensa, a procuradora Renata Baptista reproduziu as acusações de Miranda e afirmou que Chiquinho usou parte da propina para financiar o Carnaval da escola de samba Mangueira.

“Houve um desvio de verba pública para custear o Carnaval”, disse ela em entrevista coletiva.

Através de sua assessoria, o deputado Chiquinho da Mangueira, declarou que todas as acusações contra ele na operação Furna da Onça, realizada pela Polícia Federal, são infundadas e totalmente inverídicas.

Segundo o advogado Pablo Andrade, da equipe jurídica de Chiquinho da Mangueira, a medida foi completamente “desarrazoada e ficará demonstrado que não houve qualquer ato ilícito praticado pelo deputado”.

Em nota distribuída à imprensa, a Estação Primeira de Mangueira declarou que “apesar dos acontecimentos políticos recentes que motivaram a ausência temporária de seu presidente Chiquinho da Mangueira, todas as atividades da agremiação seguirão normalmente, assim como o seu planejamento para o carnaval 2019. A instituição, que completou 90 anos em abril, sempre estará acima das pessoas e possui um estatuto vigente que vem sendo cumprido em sua totalidade”.

Em 2019, o enredo da Mangueira propõe recontar a história brasileira pelo “lado do Brasil dominado” . O samba faz uma homenagem a Marielle Franco, vereadora do PSOL, assassinada em março deste ano; crime que segue sem esclarecimento.

Chiquinho da Mangueira não foi preso no Morro da Mangueira, ele foi detido às 7h25 em sua casa na Barra da Tijuca.

Três dos parlamentares elencados nos pedidos de prisão já estão presos: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi – todos do MDB. Eles foram presos em novembro do ano passado, quando a PF deflagrou a Operação Cadeia Velha. Na ocasião, Chiquinho votou pela revogação da prisão dos deputados.

Na Alerj, Chiquinho era um deputado corregedor, isto é, ele devia ser o responsável por fiscalizar os colegas e abrir Comissões Parlamentares de Inquérito. Na ausência dele, nos próximos cinco dias, a corregedoria será comandada por Iranildo Campos (PSD), que também votou pela liberdade de Picciani, Melo e Albertassi no ano passado.

Em comum também a paixão pelo samba: Campos já comprou uma escola de samba: a agremiação Inocentes de Belford Roxo, a qual presidiu até 2004 sob o nome de Inocentes da Baixada. A reportagem procurou a Estação Primeira de Mangueira, que até a conclusão deste texto não se manifestou sobre as acusações.

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