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Economia O presidente da Petrobras disse que seu sonho é ver a empresa privatizada e o BNDES extinto

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Castello Branco afirma que nem sempre se pode ter tudo o que se quer. (Foto: Agência Brasil)

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta sexta-feira que seu sonho como liberal seria ver o fim das empresas estatais no Brasil. No comando da maior estatal brasileira, ele disse que gostaria de ver a Petrobras “privatizada” e o BNDES, “extinto”. Mas reconheceu que “nem sempre se pode ter tudo”, ao citar uma música da banda britânica The Rolling Stones.

“Como liberal, somos contrários a empresas estatais. Petrobras também privatizada e o BNDES extinto, esse seria o meu sonho. Mas é como a música dos Rolling Stones, ‘You Can’t Always Get What You Want’. Na América Latina, temos um exemplo de estatal bem-sucedida, que é a Codel, do Chile, maior produtora de cobre do mundo. Já que não podemos privatizar, nem temos mandato para isso, vamos transformar a Petrobras no mais próximo possível em uma empresa privada.”

A Petrobras está num grande esfoço para se desfazer de ativos para reduzir a dívida. O executivo informou que a empresa vai levantar US$ 10 bilhões com venda de ativos até abril. O executivo avalia que subsidiárias como a BR, distribuidora de combustíveis da estatal, pode gerar mais valor para o Brasil na mão de outros investidores. Ele participou do evento “A nova economia liberal”, realizada na Fundação Getulio Vargas (FGV), na manhã desta sexta-feira, no Rio.

“Temos um programa agressivo de desinvestimentos. Nos primeiros quatro meses (do ano) realizamos US$ 10 bilhões com a venda de ativos e vamos fazer muito mais que isso. Em 12 meses, teremos de três a quatro vezes esse valor, mas isso vai depender da velocidade que consigamos imprimir. A posição da Petrobras, com 98% do refino, é um absurdo. Vamos vender e tirar qualquer tentação para exercício de monopólio. E, de saída, ter menos de 50%.”

Castello Branco frisou que também quer aumentar a eficiência da empresa para reduzir o endividamento e que pretende implementar um novo sistema de remuneração para os funcionários.

“Vamos fazer crescer nossa produção, que está estagnada. Temos ainda a busca pela redução de custo baixo, fazendo programa para ganhos de eficiência. Nosso objetivo é criar um programa mais agressivo de remuneração variável para implementar a meritocracia. Quem tiver boa performance, será premiado. Quem não tiver será punido.”

Segundo Castello Branco, o principal fator a performance pífia da economia nos últimos anos é o baixo fator de produtividade, devido a má alocação de recursos, causada pela intervenção das economia.

“Na Petrobras, um dos pilares é melhorar a alocação de capital e focar em ativos onde somos melhores e podemos extrair os maiores resultados. Um exemplo é o pré-sal. Nos próximos anos, vamos investir US$ 20 bilhões na Bacia de Campos, para revitalizar e produzir mais. Isso vai beneficiar o Rio de Janeiro”, disse.

Mudanças no mercado de gás

Castello Branco destacou ainda a necessidade de maiores avanços na regulamentação do mercado de gás e o fim do regime de partilha. O presidente da Petrobras informou que a estatal está trabalhando com Ministério da Economia e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para mudar o arcabouço legal do gás no país para permitir a exploração da riqueza no país.

“E com isso tudo sem ter a Petrobras com poder de monopólio. No setor de petróleo, temos Shell e Equinor fortes. A Exxon vem com muito apetite. Temos ainda a Ecopetral e a Petronas (da Malásia). O Rio tem potencial para se transformar numa nova Houston.”

Castello Branco também criticou o regime de partilha para o setor de petróleo: “O regime de partilha não estimula a eficiência. É mais uma intervenção e resulta em baixa produtividade. Tem que eliminar esses obstáculos para aumentar a produtividade”.

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