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O presidente da Samsung afirma que o celular dobrável foi lançado antes de estar pronto

Unidades de teste do smartphone Galaxy Fold tiveram falhas graves enquanto eram testadas por jornalistas. (Foto: Reprodução de internet)

O presidente da Samsung responsável pela divisão de celulares, DJ Koh, afirmou que a empresa levou o smartphone dobrável Galaxy Fold para o mercado “antes de ele estar pronto”.

Os modelos do aparelho que foram enviados para jornalistas de tecnologia da imprensa americana apresentaram problemas na tela e outras falhas que impossibilitaram o uso. Inicialmente a Samsung havia mantido a data inicial de envio dos aparelhos para consumidores, mas as falhas levaram a empresa a voltar atrás e adiar o lançamento do Galaxy Fold.

“Foi embaraçoso”, disse Koh a um grupo de repórteres de acordo com o jornal britânico The Independent. A Samsung afirmou que haveria uma nova data de lançamento, mas ainda não houve confirmação. De acordo com Koh, a empresa ainda está definindo todos os problemas com o aparelho. De acordo com a matéria do The Independent, a empresa sul-coreana está testando mais de 2 mil aparelhos. “Nos deem um pouco mais de tempo”, disse Koh.

Smartphone

“O design do smartphone atingiu um limite e, por isso, projetamos um modelo dobrável”, destacou Kang Yun-Je, chefe da equipe de design da empresa. “Além disso, estamos nos concentrando em outros dispositivos que já começam a causar um impacto mais amplo no mercado, como fones de ouvido inteligentes e smartwatches. Em cinco anos, as pessoas nem perceberão que usam telas.”

Segundo DJ Koh, CEO da Samsung, os últimos 10 anos foram a era do smartphone. “A partir deste ano, talvez uma nova fase se abra em razão do surgimento da internet das coisas, do 5G, da IA (inteligência artificial) e uma mistura de todas essas tecnologias. A nova era está na nossa frente.”

De acordo com Diego Cibils, cofundador da Kona, empresa de software de IA, o futuro parecerá muito mais com Star Trek ou Minority Report. “O smartphone foi um ótimo aparelho para o que eu acho que é um período de transição entre o paradigma da computação no desktop e o paradigma da ‘computação da liberdade'”, avaliou.

Em vez de cada indivíduo ter sua própria tela, dispositivos inteligentes interconectados em diferentes locais permitirão que a realização de tarefas que normalmente seriam executadas em telefones. A diferença é que eles usarão recursos ambientais e telas flexíveis incorporadas em paredes, veículos, em torno do pulso ou até mesmo no tecido das roupas.

 

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