Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de março de 2018
A assessoria do Palácio do Planalto informou que o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, entregou na terça-feira (27) ao presidente Michel Temer carta de demissão na qual informa que deixará o cargo no próximo dia 31. Paulo Rabello de Castro afirmou que o motivo da demissão é a intenção de disputar a eleição deste ano. De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, o nome do substituto ainda não está definido. Na terça, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, também anunciou que deixará o governo.
“O calendário eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo. Penso me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento e apoio”, afirmou Castro na carta. Ele é cotado para disputar a Presidência da República pelo PSC, partido ao qual é filiado desde outubro do ano passado. Além do BNDES, o economista Paulo Rabello de Castro também presidiu o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) durante o governo Temer.
“Com persistente admiração e alinhamento reafirmado, me despeço por uns tempos – quem sabe – até que, juntos, possamos de novo lutar e empreender em benefício do país e dos nossos irmãos brasileiros”, afirmou Castro na carta.
Paulo Rabello de Castro foi anunciado como presidente do BNDES em maio de 2017, após a saída Maria Sílvia Bastos, que pediu demissão na oportunidade. Economista, ele comandou o IBGE desde junho de 2016 até assumir o BNDES.
Carioca, formado em economia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e em direito pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), ele tem doutorado em economia pela Universidade de Chicago (EUA).
No mês passado, Paulo Rabello de Castro foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que apura a atuação de uma organização criminosa especializada no desvio de recursos do Postalis (Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos), fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Castro é fundador de uma empresa de classificação de risco que prestou serviços aos Correios. A empresa nega ter cometido irregularidades.
Meirelles
O MDB também anunciou na terça-feira a filiação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao partido. Segundo a sigla, a assinatura será no próximo dia 3 de abril. No Twitter, o próprio ministro confirmou a filiação, e disse que ainda não decidiu se irá ou não se candidatar nas eleições de outubro.
“Tomei a decisão de me filiar ao @PMDB_Nacional. É nosso desafio aprofundar as mudanças que tiraram o Brasil da pior crise de nossa história. Na próxima semana tomarei a decisão se irei ou não me candidatar nas eleições de outubro. Enquanto isso, sigo focado no trabalho no Ministério da Fazenda. Continuarei comprometido a trabalhar pelo Brasil”, disse Meirelles.
Nos últimos dias, Meirelles vinha negociando a ida ao partido porque o PSD, partido pelo qual ainda é filiado, deve fazer uma aliança com o PSDB e apoiar a candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República. Com isso, a fim de tentar viabilizar uma eventual candidatura ao Palácio do Planalto, Meirelles optou pela saída do PSD.