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Brasil O presidente do BNDES afirmou que o PIB do Brasil pode voltar a crescer 3% ao ano

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O Brasil entrou em uma era de juro baixo, diz o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira. (Foto: Gleice Mere/MP)

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Dyogo Oliveira, disse nesta quinta-feira (23) que o PIB (produto interno bruto) potencial do Brasil (soma dos bens e serviços produzidos no País) tem condições de voltar a crescer entre 2,5% e 3% ao ano. Oliveira afirmou que o país tem tido, nos últimos 40 anos, uma evolução significativa em sua estrutura macroeconômica.

“O Brasil entrou em uma era de juro baixo”, disse Oliveira, lembrando que a inflação quebrou o ciclo de indexação severa e atingiu uma dinâmica diferente. Para ele, o impacto do mecanismo de perpetuação da inflação no Brasil está diminuindo, e isso permitirá estabilidade ao País, para no médio e longo prazos, voltar ao crescer em níveis semelhantes ao de países desenvolvidos. “A grande inquietação é saber aonde vamos chegar com isso.”

Dyogo Oliveira participou da sessão especial de abertura do 30º Fórum Nacional promovido pelo Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos), na sede do banco, no Rio de Janeiro. Ele ressaltou que voltar a crescer a 3% ao ano, nos próximos cinco anos, não fará o Brasil subir degraus na escala global, mas poderá propiciar melhor qualidade de vida à população.

“Há um grande gap [lacuna] na qualidade dos serviços públicos, que deve ser ultrapassada”, afirmou Oliveira. Ele estimou que a questão da reforma da Previdência seja retomada já nos primeiros meses de governo do novo presidente da República. Na etapa seguinte, o Brasil terá espaço para atacar outros problemas, como a questão tributária; a insegurança jurídica, com melhoria dos marcos legais; a qualidade dos serviços públicos, com diminuição do tamanho do Estado e mais eficiência na economia; além de atenção especial para o setor de saneamento.

Desembolsos

Em entrevista, presidente do BNDES disse que, embora os desembolsos devam continuar em ritmo de queda este ano, a entrada de projetos para receber apoio financeiro da instituição tem aumentado. No acumulado do ano até julho, as consultas e enquadramentos cresceram, respectivamente, 4% e 18%, enquanto os desembolsos caíram 18%, no mesmo período.

“Estamos confiantes no cumprimento da meta entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões até o final do ano. Já foram desembolsados R$ 33 bilhões até julho. Acho que é tranquilo fechar mais R$ 40 bilhões até o fim do ano”, acrescentou Oliveira, que descarta a possibilidade de a alta do dólar reduzir o apetite das empresas produtivas por investimentos. Para ele, as elevações da moeda norte-americana são “volatilidades de curtíssimo prazo e têm a ver com o ciclo eleitoral”. As decisões de investimento observam uma trajetória em prazo mais longo, explicou.

Sobre a possibilidade de haver hedge (proteção) para os investidores nas concessões da área de infraestrutura, como rodovias, por exemplo, Oliveira disse que atualmente há mais disponibilidade de recorrer ao mercado local do que de captar recursos no exterior. “Hoje, a captação em moeda local é mais barata do que em moeda estrangeira, quando convertida para real e quando é acrescido exatamente o swap (operação em que há troca de posições quanto ao risco e à rentabilidade entre investidores) que faz o hedge. E a necessidade de captações externas para infraestrutura não é tão relevante.”

Mecanismos de proteção

O presidente do BNDES informou que o banco, em alguns casos, tem colocado mecanismos de proteção cambial, como no caso de aeroportos e rodovias em São Paulo. Oliveira lembrou que a ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias), vinculada ao Ministério da Fazenda, já está desenvolvendo um produto de ‘hedge’ cambial financeiro. Alguns projetos já estão em fase de testes. Segundo Oliveira, a grande questão será o custo, que pode ficar mais alto do que captar em moeda local.

Para Dyogo Oliveira, os processos de concessão devem ser mais rápidos, porque, durante seu desenvolvimento, a demanda muda, as condições do entorno das rodovias mudam. e isso vai criando dificuldades para o cumprimento do plano original. “Isso acaba gerando, lá na frente, contestações. E a gente tem tido, no Brasil, dificuldades de resolver as contestações. A meu ver, o sentido no qual deveríamos estar indo é o oposto.”

De acordo com Oliveira, a perspectiva para os próximos leilões de rodovias é positiva. Ele disse que os contatos  Dyogo Oliveira feitos com investidores potenciais deixaram-no confiante em uma forte demanda no leilão da Rodovia de Integração do Sul, que liga os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e no seguinte, que é o da BR-364/365, entre Jataí (GO) e Uberlândia (MG). Oliveira enfatizou que a regulação precisa ir melhorando para tornar os leilões mais flexíveis e eficientes na fase de execução.

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