Por Redação O Sul | 20 de maio de 2018
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo que vai pedir à Justiça que investigue se sua campanha nas eleições de 2016 teve agentes infiltrados ou foi espionada pelo FBI ou pelo próprio Departamento de Justiça durante governo do democrata Barack Obama. Em sua conta no Twitter Trump mostrou irritação com as investigações sobre uma suposta interferência russa nas eleições — que ele classifica como “caça às bruxas”.
“Exijo, e vou oficializar isto amanhã, que o Departamento de Justiça investigue se o FBI ou o DOJ se infiltraram ou vigiaram minha campanha com fins políticos — e se tais demandas ou pedidos foram feitos por pessoas de dentro da administração de Barack Obama”, escreveu o presidente dos EUA.
Trump também atacou Hillary Clinton, sua adversária na disputa de 2016, e afirmou que os democratas não foram submetidos ao mesmo “escrutínio” ao qual ele está passando pelo FBI. O republicano também desabafou sobre a suspeita do envolvimento russo em sua campanha, dizendo que a investigação estaria se expandindo para o resto do mundo por não ter encontrado nenhuma evidência ou prova até o momento.
“Agora que a ‘caça às bruxas’ desistiu da Rússia e está procurando (por provas e evidências) no resto do mundo, ele devem facilmente levá-la para as eleições de meio de mandato, onde podem causar prejuízos ao Partido Republicano”, escreveu Trump, fazendo referência a relatos de que seu filho mais velho teria se reunido em agosto de 2016 com representantes da coroa dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita.
No sábado, o jornal americano New York Times publicou que essas reuniões seriam uma indicação de que outros países, além da Rússia, podem ter oferecido ajuda à campanha presidencial de Trump. A reportagem causou irritação no presidente americano. O jornal dizia ainda que a equipe de investigadores liderada por Roberto Mueller interrogou testemunhas em Washington, Nova York, Atlanta, Tel Aviv e em outros lugares sobre uma possível ajuda estrangeira à campanha.
Ainda segundo o New York Times, o FBI solicitou a um informante que se reunisse com membros da equipe de Trump, mas para investigar sobre eventuais vínculos entre eles e a Rússia. Legisladores democratas acusam a Casa Branca e os republicanos de quererem desestabilizar Mueller, que já está há um ano investigando o possível conluio entre Moscou e a equipe de campanha de Trump para vencer as eleições de 2016.
Ameaça
Um homem abriu fogo no lobby de um resort de golfe de Donald Trump, perto de Miami, nos Estados Unidos. As autoridades confirmaram o chamado de emergência de um atirador no local, por volta de 1h30m de sexta-feira (2h30m em Brasília). Segundo a rede “CNN”, o suspeito gritava ofensas contra o presidente americano no momento do incidente.
O atirador estava armado e havia amarrado uma bandeira dos Estados Unidos sobre um balcão quando os agentes chegaram ao local. O alerta anti-incêndio havia sido disparado, segundo o diretor da polícia de Miami-Dade, Juan Perez, que interpretou o sinal como uma tentativa de atrair os policiais para o lobby.
De acordo com os investigadores, o homem tentou armar uma emboscada para os agentes. Houve troca de tiros, e o agressor acabou baleado na perna e preso. Sob custódia, ele foi levado para um hospital da região. Um agente também ficou ferido, informou a rede americana CNN. O policial, que não foi atingido por disparos, teria sofrido uma fratura no pulso. Não houve outras vítimas.
O incidente ocorreu no The Trump National Doral Golf Club, um resort nos arredores de Miami, ex-palco do torneio profissional de golfe PGA Tour. Trump comprou a propriedade por 150 milhões de dólares em 2012.
