Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de abril de 2017
Em cerimônia com o rei da Suécia Carlos XVI na segunda-feira (03), o presidente Michel Temer defendeu as reformas trabalhista e da Previdência, como um sinal de que o País tem agora ambiente propício para receber investimentos internacionais. Na visão de Temer, mesmo a lei da terceirização, criticada por centrais sindicais por ter sido sancionada, na sexta-feira sem salvaguardas aos trabalhadores, foi feita após “amplo diálogo” e recebeu críticas “normais”.
“Temos uma agenda para produtividade: readequação de regras trabalhistas, que primam pela segurança jurídica. Sancionamos projeto que autoriza as terceirizações sem prejudicar os trabalhadores”, afirmou o presidente, durante o encerramento do Fórum de Lideranças Empresariais Brasil-Suécia, evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
“Vamos votar uma modernização da lei de trabalho, que é fruto de um diálogo entre o setor empresarial e dos empregados. Sem embargo de uma outra reivindicação de um lado ou outro, o que é absolutamente normal, estamos fazendo tudo [as reformas] pacificamente”, continuou o presidente: “Nada é feito sem dialogar amplamente”.
O discurso de Temer na presença do rei sueco e de empresários dos dois países foi uma grande defesa do seu governo. O presidente afirmou que assumiu um País em recessão e que, agora, a inflação caiu e fechará o ano abaixo do centro da meta, de 4,5%; disse que a taxa de juros está em baixa e que os gastos públicos estão sob controle. Temer ainda prometeu que, em breve, deve aprovar a reforma da Previdência, para resolver o “descompasso entre o sistema previdenciário e a demografia”.
Até ao citar os impactos causados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção envolvendo produtores de carne, o presidente citou dados positivos. Segundo ele, no último mês a exportação de proteína animal cresceu 9%: “Sem contar alguns problemas, as autoridades internacionais estão confiando em nosso País”. (AG)