Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2018
Por ocasião do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, lembrado neste domingo (25), o presidente Michel Temer disse, em sua conta no Twitter, que a sociedade não pode tolerar agressões contra as mulheres. “Que este 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, nos alerte ainda mais para essa causa que é de cada um de nós”, escreveu.
Em sua postagem na rede social, Temer destacou que os canais de denúncia são fundamentais. “Por esse motivo criei, em 1985, a Delegacia da Mulher, primeiro canal oficial para esse objetivo. Hoje temos também o #ligue180, serviço gratuito e confidencial para denúncias de violência contra a mulher. Vamos eliminar esse mal”, afirmou.
ONU
A secretária-geral adjunta das Nações Unidas e diretora da ONU (Organização das Nações Unidas) Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, disse ser “absolutamente inaceitável que a grande maioria dos autores de violência contra mulheres e meninas fique impune”.
“O tema do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres deste ano é ‘Pinte o Mundo de Laranja: #MeEscuteTambém’. O propósito é honrar e amplificar as vozes das pessoas – da dona de casa, no seu lar, a uma aluna que sofre abuso do seu professor, a uma secretária de escritório, a uma atleta ou de uma estagiária em uma empresa, unindo suas experiências de diferentes lugares e setores em um movimento de solidariedade global”, afirmou, em mensagem.
“É um chamado para ouvir e acreditar nas sobreviventes, colocar fim à cultura de silêncio e que a nossa resposta tenha como foco as sobreviventes. Deve-se deixar de questionar a credibilidade da vítima. Em vez disso, deve-se centrar na prestação de contas do agressor”, acrescentou a diretora.
Deixar a presidência
Temer prepara-se para deixar a Presidência da República. Em pouco mais de um mês, ele passará a faixa para Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista à revista Época, o emedebista, no entanto, diz que não sentirá falta de nada relativo ao cargo após voltar a vida civil. Temer está na política há cerca de 35 anos. Antes de assumir a principal cadeira do país, teve passagens pela Câmara dos Deputados, onde também comandou. “Não vou sentir falta de nada”, disse.
Ele, a primeira-dama Marcela Temer e o filho mais novo, Michelzinho, pretendem retornar ao apartamento da família em São Paulo e tentar retomar um estilo de vida mais reservado. Além disso, o emedebista pretende reassumir atividades da advocacia e focar na escrita de ficções.
No entanto, Michel Temer reconhece um medo: a solidão. Diz que vai estranhar o fato de não ser mais procurado com afinco por jornalistas. “Vou estranhar. Mas vai ser uma experiência fantástica passar a viver comigo mesmo. Estou alimentando muito isso. É interessante: eu e eu”.
Impopular por conta de medidas econômicas, como a reforma trabalhista, o emedebista ficou com a pecha de “golpista” por conta do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Além disso, Temer deixa o Palácio do Planalto manchado por denúncias de corrupção. Quando sair da Presidência, ele perderá a imunidade temporária que ganhou quando a Câmara dos Deputados recusou a autorização para o STF (Supremo Tribunal Federal) a processá-lo por crime comum. O emedebista também foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no processo relativo ao Decreto dos Portos.