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Brasil O Procurador-Geral da República ataca subprocuradora por ‘não ter família’ e gera onda de apoio a ela

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A subprocuradora Luiza Frischeisen foi atacada por Aras. (Foto: Sérgio Amaral / STJ)

O procurador-geral Augusto Aras atacou seus colegas do Conselho Superior do MPF e afirmou que eles espalham “fake news” contra ele. Em determinado momento, Aras disse que uma das colegas talvez não soubesse o que é ser vítima disso “porque não tem família”.

Durante a reunião, Aras foi criticado por quatro conselheiros por seus ataques recentes à Lava Jato. Sem ouvir as críticas, Aras acusou os subprocuradores presentes, que leram uma carta escrita contra ele, de serem fontes de reportagens sobre ele — citou os conselheiros Nicolao Dino e Luiza Frischeinsen, ali presentes, em especial.

E então reagiu de maneira irada: “Não me venha como Satanás pregando uma quaresma, vamos manter o respeito e a dignidade que a carreira exige de nós”, afirmou.

Dirigindo-se a Dino e Luiza Frischeisen, subiu o tom: “Doutor Nicolau, o senhor não vai gostar de ver uma fake news sobre sua família. Muito menos a doutora Luiza, que talvez não tenha família, ou talvez tenha”. Luiza Frischeisen não tem filhos.

O ataque a Frischeisen gerou uma onda de apoio a ela entre procuradores nas redes sociais. “Minha incondicional solidariedade à amiga e colega subprocuradora-geral Luiza Frischeisen, vítima de um ataque machista nesta data. Tempos muito difíceis, mas tudo vai passar. Sigamos, minha amiga”, escreveu no Twitter Janice Ascari, chefe da Lava Jato em São Paulo.

“Você tem todo nosso apoio e respeito”, escreveu o procurador Julio Araújo, na mesma rede. “Todo meu apoio”, escreveu João Gustavo Seixas, também procurador da República.

Queixa-crime

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo o arquivamento de uma queixa-crime apresentada pela ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

A petista entrou com um pedido de investigação contra Bolsonaro em razão de uma postagem no Twitter. Em agosto do ano passado, o presidente publicou um vídeo de uma fala dele na Câmara dos Deputados, nos tempos de parlamentar, na qual compara Dilma a uma “cafetina” e os membros da Comissão Nacional da Verdade a “prostitutas”.

“Comparo a Comissão da Verdade, essa que está aí, como aquela cafetina, que ao querer escrever a sua biografia, escolheu sete prostitutas. E o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a comissão da verdade de Dilma Rousseff”, diz o então deputado federal Jair Bolsonaro.

Aras avalia que o comentário não tem relação com o mandato presidencial e Bolsonaro não pode ser responsabilizado por “atos estranhos ao exercício de suas funções”.

“A conduta atribuída ao presidente configura, em tese, crime comum e não guarda relação com o desempenho do mandato presidencial, inexistindo, assim, nexo funcional”, disse ele.

“Descabe cogitar da instauração de processo criminal em face do Presidente da República, durante o mandato, por suposto crime comum que não guarda relação com as funções presidenciais”, defendeu.

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