Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2018
O PSDB confirmou neste sábado (4), em convenção nacional realizada em Brasília, a escolha de Geraldo Alckmin, de 65 anos, como candidato na disputa à Presidência da República. Atual presidente nacional do partido, o ex-governador de São Paulo foi escolhido pelos filiados que participaram do evento. Dos 290 votantes, 288 aprovaram o nome de Alckmin. Um filiado não votou a favor do ex-governador e outro se absteve. A candidata a vice na chapa, senadora Ana Amélia (PP-RS), participou do evento ao lado de Alckmin.
A expectativa do PSDB é que ela possa melhorar o desempenho do candidato na região Sul e no setor do agronegócio, no qual ela tem bom trânsito. A escolha de uma vice mulher representa ainda um aceno ao eleitorado feminino.
Alckmin fechou aliança com partidos do chamado “Centrão” (DEM, PP, PR, PRB e SD), além de outras três legendas: PTB, PSD e PPS. Segundo o primeiro-vice-presidente do PSDB e coordenador da campanha, Marconi Perillo, os apoios garantirão 45% do tempo de televisão ao candidato tucano.
Trajetória
A eleição presidencial deste ano será a segunda tentativa de Alckmin de chegar ao Palácio do Planalto. Ele foi ao segundo turno em 2006, mas perdeu para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nascido em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, e formado em medicina. Foi eleito para o primeiro mandato como político em 1976, para a prefeitura de sua cidade natal.
Foi deputado estadual (de 1982 a 1986) e depois deputado federal por dois mandatos consecutivos (de 1986 a 1994). Vice-governador de São Paulo, de 1994 a 2001. Com a morte do então governador Mario Covas, em 2001, assumiu o governo do estado. Foi reeleito governador em outubro de 2002.
Em 2006, disputou a Presidência da República e perdeu no segundo turno para o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Alckmin recebeu 39,9 milhões de votos. Em 2010, Alckmin foi eleito novamente governador de São Paulo e reeleito em 2014 para um novo mandato.
Programa de governo
Sem consultar os nove partidos que integram sua chapa presidencial nas eleições 2018, o PSDB apresentou um documento de quatro páginas com as diretrizes gerais de seu programa de governo na convenção nacional da legenda. As medidas são genéricas e evitam abordar temas polêmicos que possam causar atritos com o Centrão – bloco formado por PP, PRB, PR, DEM e Solidariedade.
Segundo o PSDB, o programa completo, com as principais propostas, deve ser registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) somente na quarta-feira (08), quando também será disponibilizado no site da campanha tucana. Mas, mesmo na versão completa do documento, os tucanos vão evitar abordagem de temas que possam melindrar esses aliados. Alckmin também tem em sua aliança os partidos PPS, PSD e PTB.
De acordo com o coordenador do programa de governo, Luiz Felipe d’Avila, os partidos aliados não foram consultados para elaborar nem as diretrizes nem o programa, mas serão ouvidos na hora de decidir as metas a serem cumpridas em uma eventual gestão de Alckmin. “Houve zero pressão do Centrão. O programa já estava praticamente pronto. Já as metas serão feitas com os partidos da coligação”, disse d’Avila
O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso antecipadamente às diretrizes elaboradas pela campanha. O presidenciável Geraldo Alckmin abre o documento dizendo que o Brasil precisa se livrar dos males da corrupção e do Estado ineficiente. No primeiro item, chamado “O Brasil da Indignação”, o tucano prometer “tolerância zero” com a corrupção. Mas não especifica que medidas seriam tomadas.