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Saúde O que acontece após a cirurgia bariátrica? Pacientes contam alegrias e decepções

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Cirurgia bariátrica provoca mudanças profundas na fisiologia do paciente (foto: reprodução)

A maioria das pessoas acredita que a cirurgia bariátrica simplesmente força as pessoas a comer menos ao reduzir o estômago, mas os cientistas descobriram que ela provoca mudanças profundas na fisiologia do paciente, alterando a atividade de milhares de genes no corpo humano, além do complexo sistema de sinalização hormonal do sistema digestivo para o cérebro.

A operação costuma levar a mudanças no paladar das coisas, fazendo desaparecer alguns desejos alimentares. Quem passa pela cirurgia se acomoda naturalmente em um peso mais baixo.
A cirurgia de derivação gástrica deixa os pacientes incapazes de absorver algumas vitaminas e minerais. Após a operação, eles precisam tomar suplementos diários pelo resto da vida. E como a alteração no trato digestivo pode lançar açúcar no sangue rapidamente, é necessário tomar cuidado com a ingestão de açúcar.

Redefinir o ponto de referência
Para especialistas em obesidade, a cirurgia bariátrica é, no máximo, um compromisso, um meio-termo. O que eles querem de verdade é um tratamento médico com o mesmo efeito – ao reduzir o ponto de referência do corpo, o peso se equilibra naturalmente – sem modificar drasticamente o trato digestivo.

A cirurgia bariátrica modifica toda a regulagem de um sistema complexo e entrelaçado. Não existe ponto de ajuste. Para mostrar o que está em jogo, a cirurgia altera de imediato a atividade de mais de 5 mil dos 22 mil genes do organismo.

Para a cirurgia bariátrica funcionar, a regulagem no cérebro que determina quanta gordura uma pessoa terá – que Lee Kaplan, pesquisador de obesidade do Hospital Geral de Massachusetts (EUA), compara a uma espécie de termostato corporal para gordura – precisa ser definida muito alta, e não ser quebrada.

Algumas mutações genéticas raras quebram o termostato. Pessoas com essas mutações não têm os controles internos de gordura e ficam tremendamente obesas. A cirurgia bariátrica não tem efeito sobre elas. Pessoas cujos termostatos estão mal configurados, chegam a um ponto no qual são obesos, mas o peso se mantém estável sem qualquer esforço de sua parte. A cirurgia pode reduzir a configuração do termostato.

Essa noção simplista – de que podem existir alguns lugares-chave para intervir no emaranhado de controles que definem o peso da pessoa – parece justamente isso: simplista. Mas alguns nós da rede podem ser mais importantes do que outros. Eles podem ser os acionadores.

“O que precisamos fazer é achar esses mecanismos”, diz Kaplan.

Alegrias e decepções de pacientes
Um ano depois da cirurgia, Keith Oleszkowicz , 40 anos, pesava 129 quilos, contra os 170 quilos iniciais, mas não os projetados 104. É cada vez mais improvável que chegue lá. Mas ele parece se sentir transformado. “Pessoas que eu não via há muitos anos não me reconheceram”, conta.

Jessica Shapiro, 22, perdeu 50 quilos, em torno do que estava previsto. Ela, que pesava 134 quilos antes da operação, começou a estudar em uma universidade, mas largou em seguida, explicando que não gostou das disciplinas e que sentia muita ansiedade.

Antes da operação, ela podia atribuir à obesidade sua vida “empacada”. Agora, “não tem mais desculpas”. Ela quer perder mais 18 quilos.

Embora tenha sentimentos ambíguos em relação aos resultados da cirurgia e ainda que se sinta desapontada pelo fato de a vida não ter mudado o tanto quanto esperava, Jessica não se arrepende de ter feito o procedimento.

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https://www.osul.com.br/o-que-acontece-apos-a-cirurgia-bariatrica-pacientes-contam-alegrias-e-decepcoes/ O que acontece após a cirurgia bariátrica? Pacientes contam alegrias e decepções 2017-01-24
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