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Comportamento O que é “gamofobia” e por que ela pode atrapalhar até quem se sente seguro no amor

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O termo "gamofobia" é usado para definir o medo intenso de casar ou assumir compromissos sérios. (Foto: Reprodução)

Em um mundo de encontros rápidos e conexões digitais, a praticidade nem sempre esconde as inseguranças que surgem nos relacionamentos modernos. Entre mensagens que desaparecem e vínculos que não se consolidam, um termo curioso começou a circular: “gamofobia”, usado para definir o medo intenso de casar ou assumir compromissos sérios.

Popularizado nas redes sociais, o conceito chama atenção, mas segundo o médico e terapeuta João Borzino, ele esconde algo mais profundo e antigo, que se refere à dificuldade de lidar com responsabilidade emocional e afetiva.

“‘Gamofobia’? Não. O que temos aqui não é uma fobia clínica diagnosticável. É, antes, mais uma dessas nomenclaturas modernas inventadas para patologizar traços que, no fundo, revelam uma profunda imaturidade emocional e relacional”, explica.

O especialista ressalta que o termo funciona mais como um rótulo conveniente para descrever um fenômeno cada vez mais frequente, que consiste na recusa consciente de assumir compromissos que exigem esforço, renúncia e negociação constante.

“A geração atual foi condicionada a fugir de tudo que implique sacrifício, estrutura e dever, especialmente nos relacionamentos. Comprometimento exige disposição para carregar o fardo da vida com outra pessoa. Mas quando você é educado para acreditar que tudo deve ser leve, reversível e sem desconforto, qualquer vínculo duradouro se torna uma ameaça à frágil autonomia emocional”, afirma.

Ele defende que, longe de uma doença, a chamada “gamofobia” é resultado de uma cultura que infantilizou o amor. Afetos se tornaram experiências descartáveis, e o outro, muitas vezes, um objeto a ser abandonado diante de qualquer exigência mais profunda.

“Não há fobia aqui. O que há é uma cultura que infantilizou o amor. Transformou o afeto em consumo e o outro em um objeto a ser descartado quando o vínculo exigir demais. Relacionamentos não são parques de diversão, são pactos éticos. E esse medo que se disfarça de fobia é, na verdade, uma recusa infantil em crescer”, completa Borzino.

O alerta do especialista é claro: fugir do compromisso não é doença, mas uma escolha — consciente ou inconsciente — de não amadurecer emocionalmente. E para aqueles que convivem com pessoas nessa situação, compreender o padrão é essencial para evitar frustrações e desgastes afetivos. As informações são do jornal O Globo.

 

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https://www.osul.com.br/o-que-e-gamofobia-e-por-que-ela-pode-atrapalhar-ate-quem-se-sente-seguro-no-amor/ O que é “gamofobia” e por que ela pode atrapalhar até quem se sente seguro no amor 2025-12-18
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