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Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2018
				A elite mundial se reúne, desta essa terça-feira, no 48º Fórum Econômico de Davos, na Suíça, onde bilionários, empresários, banqueiros, ONGs, chefes de Estado e até estrelas de Hollywood se encontram. Mas, afinal, que evento é este, que uma vez por ano atrai tantas atenções da comunidade internacional?
O Fórum Econômico Mundial (“WEF”, na sigla em inglês) foi criado em 1971 pelo professor alemão de economia Klaus Schwab com o objetivo de que empresários europeus pudessem aprender com seus colegas norte-americanos. Os líderes políticos começaram a assistir ao encontro no final da década de 1970.
Desde então, o evento se tornou um encontro anual, onde a elite global – não apenas econômica, mas também política, cultural e institucional (incluindo ONGs e ativistas) se reúne para discutir sobre os problemas do mundo.
A lista dos mais de 2,5 mil delegados e 700 chefes de Estado e de governo que, neste ano, irão à estação nos Alpes suíços, inclui nomes de peso, tais como os do primeiro-ministro indiano Narendra Modi, do presidente francês Emmanuel Macron, da chanceler alemã Angela Merkel e da primeira-ministra britânica Theresa May.
Sem dúvida, o convidado mais esperado em 2018 é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, muito crítico ao liberalismo e à globalização, defendida pelos participantes do encontro. Ele só deve discursar na sexta-feira, mas a sua participação já é alvo de protestos.
Também confirmaram presença os presidentes do Brasil (Michel Temer, pela primeira vez), Argentina (Mauricio Macri), Colômbia (Juan Manuel Santos) e Panamá (Juan Carlos Varela), bem como o novo presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa. Outro que estreia em Davos é o rei da Espanha, Felipe VI.
Além dos políticos, nas ruas nevadas do pequeno povoado suíço, ainda passarão o autor israelense Yuval Noah Harari (autor do best-seller “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”), a nobel paquistanesa Malala Yousafzai e a atriz australiana Cate Blanchett.
Agenda
“Criando um futuro compartilhado em um mundo dividido” é o lema oficial, que vai pautar diversas mesas redondas e seminários. Também será abordada a chamada “quarta revolução industrial” – o efeito das novas tecnologias – sobre os trabalhadores e a economia, bem como as “fake news” e a inteligência artificial.
No plano econômico, os participantes tratarão da consolidação do crescimento mundial, apontada pelas previsões recentes do o FMI (Fundo Monetário Internacional), apesar de ONGs como Oxfam não deixaram de denunciar o abismo de desigualdade entre ricos e pobres. O evento também dará ênfase ao papel das mulheres – cinco foram nomeadas copresidentes do evento.
Lazer
Mas Davos não se resume a uma reunião seguida de outra. Entre os seminários, para esquecer um pouco do frio e da neve, os organizadores planejaram sessões de meditação matinais para os participantes, muitos dos quais chegam de helicóptero a partir de Zurique, o caminho mais confortável e rápido até o topo da montanha, embora não seja o mais barato.
Para fazer compras, as grandes multinacionais alugam lojas inteiras – e até a igreja da cidade – para serem vistas. À noite, há festas de todos os tipos, onde cada país e cada empresa exibem seu melhor, às vezes com suntuosos menus preparados por prestigiados chefes de cozinha.
Tudo isso acontece sob a vigilância de 4 mil soldados e policiais suíços, que, a cada ano, evitam as tentativas de várias organizações de protestarem em Davos. Neste ano, contudo, são esperadas grandes manifestações em Zurique e outras cidades suíças, sobretudo com a chegada de Donald Trump.