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Brasil O que se sabe até agora sobre a morte da vereadora e de seu motorista no Rio

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Marielle Franco (C) fazia parte de uma comissão criada pela Câmara municipal para acompanhar os desdobramentos da intervenção federal no Rio. (Foto: Renan Olaz/CMRJ)

Agentes da DH (Divisão de Homicídios) da Polícia Civil que investigam o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no Rio de Janeiro, acreditam que os responsáveis pelo crime já sabiam o lugar exato que a parlamentar ocupava dentro do carro: no banco traseiro à direita.

Segundo agentes da especializada, os disparos foram feitos de trás para frente do veículo e entraram pela janela lateral traseira. Por estar na linha de tiro, o motorista Anderson Pedro Gomes também foi alvejado e morto. O carro, um Chevrolet Agile branco, tem vidros escurecidos. Nada foi levado. A principal linha de investigação é a de execução. As informações são dos jornais O Globo e El País.

Os agentes encontraram nove estojos no local do crime. A assessora de imprensa de Marielle, que estava sentada ao seu lado no banco traseiro, foi atingida por estilhaços. A polícia já sabe que os disparos partiram de uma pistola 9mm. Três dos disparos atingiram a vereadora e outros quatro, o motorista. Peritos da DH acreditam que o atirador tenha usado uma pistola com kit rajada, capaz de fazer disparos em série.

A polícia também já arrecadou imagens de câmeras de segurança do trajeto percorrido por Marielle na quarta-feira (14). Os agentes concluíram que o veículo onde estava a vereadora foi perseguido por cerca de 4 quilômetros até o local do crime. O carro onde estava o atirador é um Cobalt prata. Policiais militares no local informaram que um carro teria emparelhado com o da vereadora, e os ocupantes abriram fogo, fugindo em seguida. A janela à direita no banco de trás, onde estava Marielle, ficou completamente destruída.

De acordo com peritos da DH, os disparos foram feitos a, no máximo, dois metros de distância. O crime aconteceu na esquina das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I.

Na noite desta quinta-feira (15), após o velório e o enterro de Marielle e Anderson, uma multidão protestou no Centro do Rio contra a morte dos dois. Os manifestantes ficaram cerca de uma hora fazendo discursos nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) antes de seguirem pela Avenida Primeiro de Março e chagarem até a Candelária.

Milícias

O assassinato de Marielle trouxe novamente à tona o temor da ação de milícias armadas na cidade. Defensora dos direitos humanos e crítica ferrenha da atuação de policiais que agem fora da lei, Marielle voltava de um evento na Lapa quando foi alvo dos disparos.

Até o momento não foi divulgada nenhuma informação sobre os assassinos – não se sabe quantos participaram da ação. Segundo o El País, o modus operandi do crime, no entanto, lembrou o da emboscada que matou a juíza Patrícia Acioli em 2011, assassinada com 21 tiros por sua atuação contra grupos de milicianos. Posteriormente descobriu-se que o crime foi encomendado e executado por integrantes de uma milícia carioca.

Como Marielle era crítica ferrenha de abusos cometidos por policiais, em especial do 41º Batalhão de Acari, as autoridades não descartam que sua morte tenha sido encomendada por milicianos ou policiais militares corruptos. Além disso, Marielle havia assumido há duas semanas a relatoria de uma comissão na Câmara municipal criada para acompanhar os desdobramentos da intervenção federal no Rio.

 

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https://www.osul.com.br/o-que-se-sabe-ate-agora-sobre-a-morte-da-vereadora-e-de-seu-motorista-no-rio/ O que se sabe até agora sobre a morte da vereadora e de seu motorista no Rio 2018-03-15
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