Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2022
Após alguns dias de descanso no litoral sul da Bahia, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve retomar as discussões sobre a formação de seu novo governo a partir desta segunda-feira (7).
O petista terá reuniões com aliados, em São Paulo, e já indicou que um dos desafios para a composição ministerial do que será sua terceira gestão presidencial passa por equilibrar nomes que são chave na articulação no Congresso – de forma a não desfalcar a base aliada no Legislativo. É o caso do senador eleito Wellington Dias (PT-PI), responsável por liderar a negociação sobre a ‘PEC da Transição’ e que é fortemente cotado para as pastas da Fazenda e Casa Civil.
Embora em caso de licenciamento do cargo legislativo para uma posição no governo a cadeira no Senado ou na Câmara passe para o suplente, existem temores na equipe de Lula de que os nomes “substitutos” não tenham a capacidade necessária para negociar propostas importantes, sobretudo, no primeiro semestre do próximo ano.
Se por um lado há a preocupação com eventuais desfalques no Congresso, por outro há espaço de sobra na equipe ministerial para acomodar alianças firmadas ao longo da campanha.
Pelo que já foi anunciado por Lula, a Esplanada dos Ministérios será ampliada de 23 para ao menos 26 pastas – com a criação inédita dos ministérios da Igualdade Social, das Pequenas e Médias Empresas e a dos Povos Originários. O número pode chegar a até 33 ministérios se considerados os possíveis desmembramento de pastas já existentes – como, no caso da Economia, a divisão em Fazenda, Planejamento e Indústria.
Veja abaixo alguns nomes cotados para ministérios de Lula.
Fazenda
– Jaques Wagner (PT), senador com mandato até 2026 e ex-governador da Bahia;
– Wellington Dias (PT), senador eleito em 2022 e ex-governador do Piauí, foi coordenador da campanha de Lula;
– Henrique Meirelles (PSD);
– Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo;
– Alexandre Padilha (PT), deputado federal e ex-ministro da Saúde de Dilma e das Relações Institucionais de Lula;
– Geraldo Alckmin (PSB);
– Gabriel Galípolo, economista, conselheiro da Fiesp.
Casa Civil
– Rui Costa (PT), ex-governador da Bahia;
– Geraldo Alckmin;
– Wellington Dias;
– Jaques Wagner;
– Emídio de Souza, deputado estadual em São Paulo e aliado de primeira hora de Lula, foi coordenador da campanha de Haddad ao governo.
Justiça
– Flávio Dino, ex-governador do Maranhã e senador eleito em 2022;
– Silvio Almeida.
Segurança Pública
– Flávio Dino.
Agricultura
– Simone Tebet (MDB), senadora cujo mandato acaba em 2022.
Educação
– Simone Tebet;
– Fernando Haddad;
– Gabriel Chalita (PDT), ex-secretário municipal de Educação de São Paulo, é próximo a Haddad e a Alckmin.
Saúde
– Alexandre Padilha;
– David Uip, infectologista que atuou no comitê de enfrentamento à Covid-19 de João Doria (PSDB) no governo de SP;
– Humberto Costa (PT), senador cujo mandato acaba em 2026.
Defesa
– Aldo Rebelo (PDT), ex-ministro;
– Geraldo Alckmin;
– Jaques Wagner.
Meio Ambiente
– Marina Silva (Rede), ex-ministra da pasta e eleita deputada federal por São Paulo em 2022.
Planejamento
– Fernando Haddad;
– Aloizio Mercadante, ex-ministro de Lula e Dilma.
Relações Exteriores
– Celso Amorim, ex-ministro;
– Mercadante.
As informações são da revista Veja.