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“O queijo tá fedido”, revelam escutas da Operação Queijo Compen$ado 1

Queijo fedia e tinha adição de amido de milho. (Foto: MP/Divulgação)

Depois do leite batizado no Rio Grande do Sul, agora gravações telefônicas foram usadas para chegar aos suspeitos de adulterar queijo com adição de amido de milho em Três de Maio e Ivoti. A Operação Queijo Compen$ado 1 veio a público nesta terça (16). Confira os detalhes aqui.

A investigação, deflagrada pelo Ministério Público, tem material farto de escutas de conversas de telefone que provam a culpa dos envolvidos.

Em um trecho das conversas, o vendedor dos produtos da Lacticínios Progresso, de nome Tadeu, é cobrado por um dos donos da empresa, Volnei Fritsch acerca da quantidade de estoque que Tadeu. Motivo: o queijo fedia muito.

“Os clientes ligam 24 horas por dia dizendo que o queijo tá fedido. Que o queijo não dá para aguentar. Um cliente fez uma lasanha para eles comerem e teve que botar fora a lasanha, porque o queijo estava uma porcaria. E aí tu vai dizer que o queijo ficou de uma semana para a outra e estragou?”

Volnei diz que o queijo está “mole, mole, mole”.

O vendedor não se dá por vencido.

“Então tu estás me dizendo que o queijo amolece depois de fabricado? Ah, ô Volnei… Tu tens há 30 anos fábrica, tu vais querer me enrolar, meu? É a mesma coisa que tu me dizeres que foi a embalagem branca que contaminou o queijo. Teu queijo que saiu de lá é uma porcaria, vai estragar em qualquer embalagem.”

Volnei está preso preventivamente junto com o filho, Pedro Fritsch, e outro sócio, Eduardo André Ribeiro.

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