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Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2016
A autoridade britânica que regulamenta a embriologia concedeu nessa segunda-feira autorização para modificar geneticamente embriões humanos, para pesquisas sobre as causas de abortos espontâneos.
A autorização se refere à utilização do método Crispr-Cas9, que permite centrar-se nos genes defeituosos para neutralizá-los de maneira mais precisa.
“Nosso comitê aprovou a solicitação da doutora Kathy Niakan, do Instituto Francis Crick, para renovar sua licença de pesquisa em laboratório, incluindo a edição genética de embriões”, indicou a Autoridade de Fertilização Humana e de Embriologia (HFEA, na sigla em inglês) em um comunicado.
O pedido havia sido apresentado em setembro de 2015 para estudar os genes que atuam no desenvolvimento das células que vão formar a placenta. O objetivo é determinar por que algumas mulheres sofrem abortos espontâneos.
A modificação genética de embriões para tratamento é proibida no Reino Unido. No entanto, está autorizada desde 2009 para pesquisa, com a condição de que os embriões sejam destruídos ao fim de duas semanas.
Esta é a primeira vez em que uma autorização formal para manipular geneticamente embriões foi concedida de forma oficial em um país ocidental. (AG)