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Mundo O Reino Unido diz que algumas doses de vacina contra o coronavírus podem estar disponíveis antes do Natal

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Um dos países mais castigados da Europa, com 146.791 mortos até o momento, registrou 78.610 novos casos em 24 horas. (Foto: Reprodução)

Uma vacina contra a covid-19 pode ser disponibilizada para algumas pessoas no Reino Unido antes do Natal, mas um lançamento no início de 2021 é o mais provável, disse a chefe da Força-Tarefa de Vacinas do país, responsável pela aquisição de possíveis imunizantes no governo britânico nesta quarta-feira (28).

“Se as primeiras duas vacinas, ou qualquer uma delas, mostrarem que são seguras e eficazes, acho que há uma possibilidade de que a disponibilização da vacina comece antes do Natal. Mas, se não, acho que é mais realista esperar para o início do ano que vem”, disse Kate Bingham à BBC.

Bingham disse ainda que uma vacina totalmente eficaz pode nunca ser desenvolvida e que quaisquer versões iniciais que obtenham aprovação podem não funcionar para algumas pessoas.

Ainda não existe nenhuma vacina contra covid-19 aprovada clinicamente, mas quase 200 candidatas estão em desenvolvimento em todo o mundo, e resultados de testes de estágio avançado das primeiras delas são esperados até o final de 2020.

“Entretanto, não sabemos se um dia chegaremos a ter uma vacina. É importante se resguardar da complacência e do excesso de otimismo”, escreveu Bingham em um artigo publicado na madrugada desta quarta no periódico médico The Lancet. “A primeira geração de vacinas provavelmente será imperfeita, e deveríamos estar preparados para elas não prevenirem infecções, e sim reduzir sintomas e, mesmo assim, podem não funcionar para todos ou por muito tempo.”

Bingham disse que a Força-Tarefa de Vacinas reconheceu que “muitas, e possivelmente todas estas vacinas, podem fracassar”, acrescentando que o foco está naquelas que se espera provocar reações imunológicas em pessoas de mais de 65 anos.

Ela também alertou que a capacidade produtiva global de vacinas está muito aquém das bilhões de doses que são necessárias, e que até o presente momento a capacidade produtiva britânica tem sido “igualmente escassa”.

Pressão por lockdown

O Reino Unido registrou 367 óbitos decorrentes do coronavírus na terça-feira (27), o número mais alto contabilizado desde 27 de maio, quando foram contabilizadas 422 mortes. Nesta quarta, foram registradas 310 mortes.

Porém, há exatos quatro meses, os britânicos viam a curva de óbitos diminuir gradativamente, e começavam a viver o início da reabertura da economia. Agora, a situação é exatamente oposta.

Com o avanço no número de contágios e de falecimentos diários, o governo de Boris Johnson se vê cada vez mais pressionado a voltar a adotar um lockdown, especialmente, na Inglaterra – já que os governos da Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales já adotaram uma versão mais “leve” da medida.

Os contágios também voltaram a aumentar, atingindo 22.885 em um dia, sendo a imensa maioria na Inglaterra (19.629), seguida por Escócia (1.327), País de Gales (1.207) e Irlanda do Norte (722).

Outro dado preocupante é quantidade de pessoas internadas por conta dos sintomas da covid-19, sendo 9.199 pacientes – um aumento de 1.152 em um dia. Destes, 852 estão em unidades de terapia intensiva.

Por conta da alta, o jornal “The Guardian” publicou diversas entrevistas com especialistas que pedem por medidas mais restritivas para que essa segunda onda do coronavírus não seja “pior” do que a primeira. Até mesmo o conservador “Daily Telegraph” também publicou matéria citando fontes do governo que pedem um aumento das restrições de circulação, uma espécie de “semi-lockdown” nas áreas consideradas de mais alto risco de contaminação.

No entanto, o governo de Boris Johnson se limitou a dizer que está “avaliando opções”, mas que é provável que um lockdown total não seja adotado. Enquanto o premiê britânico está anunciando medidas mais pontuais, que afetam regiões específicas, os demais governos vêm adotando medidas mais duras.

O País de Gales começou, no dia 23 de outubro, um lockdown nacional até o dia 9 de novembro. Apenas serviços essenciais e escolas estão funcionando e os moradores devem sair de casa apenas para o necessário e para se exercitar uma vez ao dia.

A Escócia anunciou o fechamento de bares e restaurantes na área central do país, incluindo Glasgow e Edimburgo, entre os dias 7 e 23 de outubro. Como os casos continuam avançando, são esperadas novas medidas.

A Irlanda do Norte decretou um “semi-lockdown” entre 14 de outubro e 1º de novembro, com o fechamento de bares e restaurantes, bem como de salões de beleza, estética e barbearias.

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