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Mundo O Reino Unido, terceiro país do mundo mais afetado pela pandemia, resiste ao uso de máscaras

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Pesquisa também descobriu que o risco de infecção era maior em Londres do que em outras áreas da Inglaterra. (Foto: Pinterest/Reprodução)

Apesar de ser um dos países com maior número de infectados e de mortos pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil, com quase 45 mil casos fatais, ainda há resistência por parte dos cidadãos do Reino Unido de usar máscara no dia a dia, em bares e lojas reabertos. O comportamento persiste mesmo na semana em que a OMS confirmou que a transmissão do novo coronavírus realmente se dá pelo ar e estudos científicos são publicados evidenciando que o uso da proteção é importante para reduzir o contágio.

“O Reino Unido está atrás de muitos países no uso da máscara como prevenção”, disse o presidente da agência científica Royal Society, Venki Ramakrishnan. “Não usar máscara é tão antissocial quanto dirigir alcoolizado e já há evidências claras de que o uso ajuda não só a proteger a si mesmo como aos outros.”

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que contraiu Covid-19 e chegou a ser internado em UTI, não deu o exemplo e não usou máscara em público até semana passada, quando foram publicados dois novos estudos sobre o vírus: um de um grupo multidisciplinar da Royal Society fazendo uma revisão de pesquisas anteriores mostrando a eficácia do uso de máscaras; e o segundo, americano, publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências, enfatizando que cerca de metade das contaminações ocorreu de pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas, e que o uso da máscara, nestes casos, seria importante como prevenção.

Trump de máscara

O presidente americano, Donald Trump, usou uma máscara em público pela primeira vez no sábado (11), cedendo à forte pressão para dar um exemplo de saúde pública enquanto a pandemia do novo coronavírus avança nos Estados Unidos e ameaça sua campanha à reeleição.

Trump apareceu com uma máscara preta com o selo da Presidência ao caminhar pelos corredores do hospital militar Walter Reed, nos arredores de Washington, onde visitou veteranos feridos, segundo imagens da emissora CNN. Antes da visita, ele avisou que usaria a proteção em público pela primeira vez.

“Eu acredito que, quando você está em um hospital, especialmente se você vai falar com soldados e outras pessoas que acabaram de sair da mesa de operação, é uma grande coisa usar uma máscara. Nunca fui contra máscaras, mas acho que há lugares e momentos apropriados”, disse ele.

O uso de máscaras nos Estados Unidos acabou se tornando uma disputa política entre apoiadores do presidente, que se recusam a colocar o acessório alegando tratar-se de uma violação inaceitável da liberdade pessoal, e aqueles que consideram a medida fundamental para evitar o avanço da pandemia. O próprio presidente nunca havia usado máscara em público, e não usou uma nem quando visitou no mês passado uma fábrica de produtos para testes médicos da Covid-19, onde isso era obrigatório.

Na semana, no entanto, a campanha do presidente encorajou as pessoas que fossem a seu comício que estava marcado para o sábado — e que mais tarde acabou cancelado — a usarem máscara. A equipe da campanha do presidente afirmou que dessa vez todos os participantes do comício receberiam uma máscara e seriam “fortemente encorajados a usar”, além de terem fácil acesso a desinfetante para as mãos.

Os dois comícios anteriores do presidente foram criticados por não impor nem respeitar as orientações de segurança contra a disseminação da Covid-19. No comício de Tulsa, em Oklahoma, o primeiro feito por ele desde março, máscaras chegaram até ser distribuídas, mas seu uso era opcional.

Ao menos oito membros da equipe de Trump que estiveram no evento, que aconteceu em uma arena fechada, foram diagnosticados com a Covid-19. A cidade acabou tendo um surto da doença depois do evento.

Além deles, a funcionária sênior da campanha e namorada de Donald Trump Jr., Kimberly Guilfoyle, também teve resultado positivo para a doença antes do evento do último sábado no Monte Rushmore, quando Trump discursou no Dia da Independência dos EUA.

As pesquisas mostram que a maioria dos americanos tem uma visão negativa da gestão de Trump da pandemia, o que está provocando impacto em suas intenções de voto para a eleição de 3 de novembro. Na média das pesquisas nacionais, ele está 13 pontos atrás do candidato democrata, Joe Biden.

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https://www.osul.com.br/o-reino-unido-terceiro-pais-do-mundo-mais-afetado-pela-pandemia-resiste-ao-uso-de-mascaras/ O Reino Unido, terceiro país do mundo mais afetado pela pandemia, resiste ao uso de máscaras 2020-07-12
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