Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2017
O Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro em primeiro lugar em eficiência da máquina pública, à frente de São Paulo (2º), Minas Gerais (3º), Espírito Santo (4º) e Distrito Federal (5º). Quem afirma é o Ranking da Competitividade dos Estados, promovido pelo CLP (Centro de Liderança Pública), com desenvolvimento técnico a cargo da Tendência Consultorias Integradas e da Economist Intelligence Unit, instituto ligado à publicação britânica The Economist.
Para elencar os pontos fortes e fracos de cada estado, são avaliados dez pilares temáticos, como potencial de mercado, infraestrutura, educação, capital humano, segurança pública e inovação, entre outros. Ao todo, são 66 indicadores contemplados. A média de cada pilar resulta na posição geral no ranking.
No que diz respeito à eficiência da máquina pública, o estudo aponta seis indicadores: servidores comissionados (percentual de cargos comissionados no total de funções públicas), custo do Executivo/PIB, custo do Judiciário/PIB, custo do Legislativo/PIB, eficiência do Judiciário e índice de transparência.
O Rio Grande do Sul alcançou o primeiro lugar porque, conforme a análise dos dados, “apesar do tamanho de sua economia, não houve uma explosão do tamanho e do custo dos serviços públicos”. No ano passado, o Rio Grande do Sul era o quarto colocado nesse pilar.
No que se refere ao Executivo, o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Carlos Búrigo, acredita que o ranking é um reconhecimento da busca por uma gestão mais moderna. “Queremos uma máquina pública mais ágil, mais atenta às reais necessidades da população. O poder público não pode ser mais essa máquina pesada, lenta. Penso que essa posição no ranking evidencia que estamos no caminho certo para minimizar a crise e retomar o crescimento.”
Além do primeiro lugar em Eficiência em Máquina Pública, o Estado ficou bem colocado em Inovação, conquistando o segundo lugar, atrás somente de São Paulo. A posição geral do Rio Grande do Sul melhorou duas colocações. Em 2016, estava em nono lugar. No levantamento atual, está em sétimo.
Destaque em Infraestrutura
Outro destaque da pesquisa foi a grande evolução na infraestrutura do Estado, um dos mais importantes pilares. No item ‘qualidade das rodovias’, o Rio Grande do Sul subiu dez posições: do 21º lugar em 2016, para 11º em 2017. Para a CLP, o que resultou no avanço desta categoria foram os projetos de manutenção, recuperação e obras de ligação entre os municípios e rodovias, realizados em 2016.
Para o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, o resultado do Ranking faz parte de diagnostico, planejamento, determinação e ação do governo gaúcho. “Esse crescimento mostra o trabalho que está sendo feito pelo governo do Estado através da Secretaria dos Transportes. Por determinação do governador Sartori, não medimos esforços para melhoria na infraestrutura e principalmente na malha rodoviária. Focamos na recuperação e potencializamos os programas de acessos municipais, Restauro e Crema (Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias). Investir nas estradas é investir na qualidade de vida dos gaúchos”, destacou Westphalen.
A ERS-640, entre São Vicente do Sul e Rosário do Sul, que em 2016 foi considerada a pior rodovia do Rio Grande do Sul pela pesquisa da Confederação Nacional de Transporte, foi recuperada pela Secretaria dos Transportes e entrou no estudo positivo com outras 20 rodovias.
O RS se destacou também em inovação, onde foi incluído em três indicadores: patentes, produção acadêmica e investimentos em pesquisa e desenvolvimento.