Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2019
Segundo maior produtor de soja do País (atrás apenas do Mato Grosso), o Rio Grande do Sul pode ter neste ano a a segunda maior safra do grão em sua história. Isso porque, apesar de as chuvas intensas de setembro e outubro terem afetado o desenvolvimento de algumas lavouras, a expectativa é de aumento de 9% na produção, com 18,7 milhões de toneladas.
Para alcançar esse patamar, o produtor tem usado de todos os meios para ampliar o uso de tecnologia a fim de reduzir custos, aumentar produtividade e, assim, melhorar a rentabilidade. Foi por esse caminho que a produtividade da soja saltou de 2,8 toneladas por hectare na safra 2006/2007 para 3,3 toneladas por hectare na safra 2017/2018, Ou seja: um aumento de aproximadamente 20% em uma década.
De acordo com o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, o papel do governo como um todo é não atrapalhar: “Estamos fazendo um grande esforço pela desburocratização de nossa agricultura, de forma que a visão prioritária do órgão fiscalizador seja de incentivo, não de punição. Somos parceiros do produtor”.
Abertura da colheita
A 12ª Abertura Oficial da Colheita da Soja do Rio Grande do Sul foi realizada na manhã de sábado em Tupanciretã, município conhecido como “Capital Gaúcha da Soja” por ser o maior produtor do grão no Estado. Em um evento no Complexo Tupanciretã (uma área de 200 hectares com lavoura experimental da prefeitura), o evento reuniu produtores, empresários e autoridades como o governador Eduardo Leite.
Além de comemorar mais uma safra histórica, a Abertura da Colheita é um momento importante para tratar sobre as demandas do setor. Nesta edição, foram destacadas a necessidade de investimentos nas estradas da região e de desburocratização e agilidade para levar adiante projetos das propriedades rurais.
“Faço questão de estar aqui para prestar minha homenagem e em nome de todo o povo gaúcho a quem empreende no campo, se submetendo ao imponderável do clima, além de enfrentar todas as dificuldades de infraestrutura, tributária e burocracias, gera riqueza e sustenta nossa balança comercial”, discursou o chefe do Executivo.
O governador afirmou que, além da agenda de combate à crise fiscal, sua gestão tem uma agenda paralela de desenvolvimento sustentada no tripé redução de tributação, de burocracia e de custos logísticos. Para levar adiante esse último, Leite destacou o recém-lançado RS Parcerias, programa para estimular parcerias público-privadas (PPPs) e concessões no estado nas mais diversas áreas.
“O Estado tem que se fazer presente onde o privado não alcança porque não se sustenta como negócio”, frisou o chefe do Executivo. “É ali que a gente tem de colocar os recursos, para induzir o crescimento e estimular o desenvolvimento em todas as regiões”, afirmou Leite. “Não é sobre não termos problemas, mas sobre sermos capazes de superá-los.”
“Não vou aqui fazer promessas que poderei não conseguir cumprir”, ressalvou. “Mas tenham a certeza de que, viabilizando reformas e buscando na parceria com o setor privado, conseguiremos dar curso a investimentos que farão com que o escoamento seja feito com mais qualidade, mais segurança e menor custo.”
Dentre as autoridades presentes, estiveram o prefeito de Tupanciretã, Carlos Augusto Brum de Souza, o vice-presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), Elmar Konrad, o senador Luis Carlos Heinze, o deputado federal Jerônimo Goergen e o deputado estadual Frederico Antunes.
(Marcello Campos)