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Brasil O risco de contaminação de deputados e senadores idosos ameaça o quórum para sessões do Congresso Nacional

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Estudo aponta votos favoráveis à derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

As sessões de votações do Congresso Nacional previstas para esta semana podem ser adiadas se houver um baixo número de parlamentares presentes nas duas Casas. Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),  dispensaram a participação nas sessões de deputados e senadores com mais de 65 anos. No Congresso, há pelo menos 134 parlamentares — 95 deputados federais e 39 senadores com mais de 60 anos — idade com maior risco para infectados pelo Covid-19.

Na semana passada, o primeiro parlamentar diagnosticado com o novo coronavírus, senador Nelsinho Trad (PSD-MS) teve uma rotina intensa no Congresso antes de saber que estava infectado. Participou de audiências com senadores, de reuniões com ministros e da sessão que derrubou um veto presidencial ao benefício de Prestação Continuada (BPC), com outros 498 colegas— 439 deputados e 59 senadores — que estavam na votação. Depois do resultado positivo dele, Alcolumbre e Maia decidiram flexibilizar as regras para justificar as faltas.

Alcolumbre e Maia sentam-se nesta segunda-feira para reavaliar o cenário. Se houver mais casos positivos no Congresso, as medidas de segurança podem ser revistas, segundo o líder de governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO). A decisão de que o Congresso não fecharia as portas foi um acerto político entre a cúpula do Legislativo, líderes partidários e presidentes de comissões que previa diminuir o alarde sobre o impacto do coronavírus.

“A circulação no Congresso já está restrita, mas a tendência é que comissões não funcionem”, afirmou Eduardo Gomes.

A confirmação do caso do senador Nelson Trad deixou os colegas preocupados. Mesmo sem sintomas, senadores como Simone Tebet (MDB-MS), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Angelo Coronel (PSD-BA), Eliziane Gama (Cidadania-MA),  Leila Barros (PSB-DF) e  Jorge Kajuru (Cidadania-GO) resolveram fazer o teste de coronavírus por terem tido contato com o colega infectado. Os dois últimos já divulgaram que o resultado foi negativo. Com receio da infecção, até familiares foram testados.

“Fizemos (o teste) eu, meu marido e nossos três filhos”, diz Eliziane Gama.

Também aguarda o resultado do exame o senador Espiridião Amin (PP-SC), que esteve com Trad na última quarta-feira (11).

“Recebi o abraço fraterno do querido amigo Senador Nelsinho Trad. Por isso, ao saber que seu teste deu positivo, cancelamos, Angela e eu, os compromissos que tínhamos em Blumenau, Doutor Pedrinho e Joinville, em respeito devido aos companheiros e cidadãos com que nos encontraríamos. Nosso material para o teste Covid-19 foi colhido. Estamos em casa, aguardando o resultado”,  afirmou Amin.

Em meio aos muitos exames de senadores, a Secretaria de Comunicação do Senado pediu às assessorias diretas dos senadores que encaminhassem os respectivos resultados, na tentativa de “centralizar” as respostas a serem fornecidas aos órgãos de imprensa sobre o assunto.

Na Câmara, a preocupação também é grande. Na última sexta-feira (13), o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assinou um ato que considera de antemão “justificada” a ausência de parlamentares acima de 65 anos. A partir da próxima semana, deputados que também estiverem em situação de risco diante da pandemia, como ter doença respiratória, cardíaca, hepática ou renal, não terão que fornecer mais explicações pela ausência.

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