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Por Redação O Sul | 13 de março de 2019
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, nesta quarta-feira (13), um convite ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para falar sobre o fim do Programa Mais Médicos, em análise pelo governo federal.
Em entrevistas, a coordenadora do programa, Mayra Pinheiro, disse que o Mais Médicos será substituído por “um novo modelo de provimento de profissionais para atenção primária”.
No requerimento pedindo o convite ao ministro, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) alega que o programa, criado na gestão do PT, é bem avaliado pela população. “Pesquisa da UFMG/IPESPE identificou que 95% dos usuários disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a atuação do médico do Mais Médicos”, ressalta o senador. “Entre as razões dessa avaliação positiva, 85% afirmaram que a qualidade do atendimento melhorou; 87%, que o médico é mais atencioso; e 82%, que a consulta agora resolve melhor seus problemas de saúde”, observou o parlamentar.
Mandetta já participará de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, no dia 27, para falar das prioridades da pasta. Ainda assim, o colegiado convidará o ministro para voltar ao Senado para falar exclusivamente sobre o Mais Médicos.
O Programa Mais Médicos foi criado em 2013 no governo da então presidente da República Dilma Rousseff. A data da audiência pública ainda será agendada pela comissão. Na ocasião, o ministro também deverá abordar o modelo de atuação complementar da União para a atenção básica em serviços de saúde.
Diretrizes
Luiz Henrique Mandetta também deverá ser convidado pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado para prestar informações sobre a política e diretrizes do Ministério da Saúde para os próximos anos.
O requerimento para o convite foi apresentado pelo presidente do colegiado, o senador Romário (Pode-RJ), e também foi aprovado nesta quarta. A data da audiência será marcada de acordo com a disponibilidade de agenda do ministro.
Carreira
O ministro da Saúde disse que analisa a criação de uma proposta nos moldes de uma carreira de Estado para substituir o modelo atual do Mais Médicos, programa usado para levar profissionais ao interior do País.
“Estamos começando a ver como isso pode ser colocado no ordenamento jurídico”, disse. Equipes da pasta, porém, ainda estudam o formato de aplicação do novo modelo. “Não queremos uma carreira estática, porque a pessoa não se motiva. Queremos ver um caminho que seja desafiador ao profissional”, completou o ministro.