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Brasil O Supremo vai julgar a irmã e um primo do senador Aécio Neves junto com ele

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Andréa Neves (D) é acusada de pedir propina ao grupo JBS/Friboi. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

Nessa terça-feira, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter os familiares de Aécio Neves (PSDB-MG) junto com senador no processo que tramita na Corte. Andréa Neves, irmã do tucano, e Frederico Pacheco, seu primo, foram delatados pelos executivos do grupo JBS/Friboi. Eles teriam teriam recebido R$ 2 milhões em propina do conglomerado empresarial. A acusação inclui, ainda, Mendherson Souza, assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada no dia 18 de maio. Na mesma data, Aécio foi afastado de seu mandato parlamentar por decisão do então relator do caso no Supremo, Luiz Edson Fachin, mas posteriormente retomaria as suas funções no Congresso Nacional.

Com base em denúncia apresentada em junho pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o senador é acusado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça, enquanto os demais teriam cometido corrupção passiva. A defesa de Andréa pediu o desmembramento do processo, para que ela fosse julgada pela Justiça Federal de São Paulo, onde os crimes teriam ocorrido.

O ministro Marco Aurélio, relator do caso, havia concordado com o pedido da defesa e remetido os autos do processo. A PGR recorreu e, por quatro votos a um, o colegiado definiu que os casos devem tramitar juntos por estarem interligados. Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux formaram maioria. Já Marco Aurélio manteve o entendimento e foi vencido.

De acordo com Barroso, a investigação aponta que as três condutas – de Andréa, Frederico e Mendherson – “estão indissociavelmente unidas ao parlamentar”.

“Andréa Neves teria solicitado o dinheiro, ao passo que Frederico e Mendherson teriam recebido. Eles estão de tal forma unidas que, desta maneira, não é possível desmembrar, pois traria prejuízo às investigações”, afirmou. Para Moraes, a apuração da PGR indica que é “único fato”.

Essa denúncia ainda não foi analisada pela primeira turma do Supremo. Caberá aos ministros decidir se recebem a acusação. Caso a denúncia contra o tucano seja recebida, Aécio vira réu no STF e passa a responder a uma ação penal.

Detalhes

Aécio foi gravado secretamente pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, pedindo R$ 2 milhões para pagar um advogado para defendê-lo na Operação Lava-Jato. O dinheiro foi inicialmente pedido por Andrea Neves, sua irmã. Com autorização do STF, a PF (Polícia Federal) filmou o pagamento de uma parcela.

Ricardo Saud, executivo da J&F, que controla a JBS/Friboi, entregou R$ 500 mil a Frederico Pacheco, primo de Aécio, que depois repassou o dinheiro a Mendherson. A defesa do senador, em nota, diz que “reitera a absoluta correção de sua conduta e reafirma que as afirmações feitas por criminosos confessos, em busca dos benefícios de uma delação, não devem ser tratadas como prova”.

“Sobre o empréstimo de 2 milhões de reais, oferecido por Joesley Batista ao senador como parte de uma ação forjada, a investigação demonstrará que a negociação não envolveu dinheiro público ou propina”, afirmam os advogados do mineiro.

 

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