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Brasil O Supremo vai julgar na terça-feira se mantém a liberdade concedida ao ex-ministro José Dirceu

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Dirceu foi condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir na próxima terça-feira (21) se mantém a decisão de libertar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Em documento enviado à Suprema Corte na sexta-feira (17), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que os ministros revejam a decisão.

No fim de junho, por três votos a um, a turma decidiu soltar o ex-ministro petista, com condenação confirmada em segunda instância a mais de 30 anos de prisão. Ele começou a cumprir pena em maio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava-Jato, mas foi solto um mês depois por ordem do STF.

Na ocasião, o ministro Dias Toffoli, relator do caso, votou para liberação do ex-ministro até o julgamento de recurso contra a condenação no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em razão da “plausibilidade jurídica” do recurso, ou seja, por considerar que a argumentação do recurso poderia levar a uma revisão da condenação, mesmo que somente na redução da pena.

Relator da Lava-Jato, o ministro Luiz Edson Fachin pediu vista, mais tempo para analisar a questão. Mesmo diante do pedido de vista, os outros três ministros da turma – Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski – decidiram conceder liberdade a Dirceu pelo menos até que Fachin devolvesse o processo para julgamento na turma.

Agora, a Segunda Turma vai decidir se concorda com o voto de Toffoli e autoriza que ele aguarde o resultado do recurso ao STJ em liberdade, ou se manda prender Dirceu novamente porque ele tem condenação confirmada em segunda instância. Na prática, a Segunda Turma pode confirmar uma exceção na prisão após condenação em segunda instância se houver fundamento no recurso apresentado aos tribunais superiores.

Raquel Dodge pediu que a turma reconsidere a decisão porque, segundo ela, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) somente enviou para o Superior Tribunal de Justiça o recurso que trata sobre os valores a serem devolvidos e isso não tem o condão de levar a uma redução da pena, conforme argumentou a defesa.

Cabe aos tribunais de segunda instância fazerem uma avaliação sobre a admissibilidade dos recursos contra condenações, ou seja, cabe a eles avaliar se enviam ou não os recursos para os tribunais superiores.

Petrobras

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR), o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque afirmou que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o ex-ministro José Dirceu e o PT dividiam dois terços da propina arrecadada em contratos da empresa Sete Brasil para construção de plataformas para exploração do petróleo do pré-sal.

“O ex-ministro Antonio Palocci não concordou com a divisão de meio a meio da propina e está determinando a divisão em um terço para a ‘casa’ [executivos da Petrobras e da Sete Brasil] e dois terços para o partido”, teria dito a ele o tesoureiro petista João Vaccari Neto. “Esses dois terços para o partido seriam divididos entre Lula, José Dirceu e o partido.”

O ex-executivo, que exerceu o cargo de 2003 a 2012, foi interrogado em ação penal que apura propinas do estaleiro da empresa Jurong. Ele diz ter ouvido de Vaccari (responsável pela arrecadação de propina para o partido na Sete Brasil), que Palocci era o responsável pelo acerto e dava as coordenadas.

 

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