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Brasil O suspeito de ser o operador financeiro do PSDB faltou a audiência, e uma procuradora pediu uma nova prisão

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Essa é a quarta vez que ele é acusado por lavagem de dinheiro no exterior. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A procuradora Adriana Scordamaglia apresentou novo pedido de prisão preventiva contra Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e suspeito de ser operador financeiro do PSDB. Ela fez o pedido depois de constatar que o engenheiro, que foi solto na semana passada por meio de habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), não apareceria em uma audiência do processo realizada nesta segunda-feira (14), na 5ª Vara Federal Criminal de SP.

“Deixar passar em branco tal desídia significa desacreditar que a Justiça de primeiro grau tem extremado valor para todo o sistema jurídico brasileiro”, afirmou. Adriana disse ainda que a detenção é necessária para a “garantia da instrução processual” e da ordem pública.

Já a defesa de Paulo Preto afirma que ele não compareceu “ao presente ato” porque o STF determinou que a juíza Maria Isabel do Prado não iniciasse a instrução processual antes de conhecer os argumentos da defesa que pedem a absolvição sumária do acusado. A defesa ainda diz que, por isso, o engenheiro não desobedeceu “qualquer decisão desse ilustre juízo”, mas sim cumpriu o que havia sido determinado pelo Supremo.

A juíza ainda não decidiu sobre o pedido de prisão.

Paulo Preto é acusado pelo Ministério Público de ter desviado cerca de R$ 7,7 milhões em recursos e imóveis que eram destinados ao reassentamento de pessoas desalojadas para obras viárias em São Paulo. Entre as obras investigadas e apontadas na denúncia estão a construção do trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a nova Marginal Tietê. Além de Paulo Preto, outras cinco pessoas foram denunciadas pelo órgão. Esta foi a primeira denúncia da força-tarefa da Operação Lava-Jato em São Paulo.

Segundo a denúncia, o dinheiro foi desviado em proveito próprio e de terceiros e ocorreu entre os anos de 2009 e 2011. O esquema, de acordo com o MPF (Ministério Público Federal), era comandado por Paulo Preto e começou a ser investigado primeiramente pelo Ministério Público estadual, mas como envolvia verbas federais, a investigação foi encaminhada ao MPF.

Cunha

Um relatório da PF (Polícia Federal) anexado em abril deste ano à Operação Lava-Jato, no Paraná, registrou a articulação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) para supostamente “emparedar” o ex-diretor da Dersa Paulo Preto durante a CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito) do Cachoeira, em 2012.

Em 29 de agosto daquele ano, Preto prestou depoimento aos parlamentares para explicar suspeitas de superfaturamento na obra de ampliação da Marginal Tietê, parte dela sob responsabilidade da Delta, construtora que a Polícia Federal incluiu no esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

O documento da PF é de 2016, mas foi juntado aos autos da Lava-Jato no Paraná, no mês passado. Dois dias antes do depoimento, Eduardo Cunha recebeu um e-mail com 20 perguntas para Preto. A mensagem, segundo a PF, foi enviada por um interlocutor identificado como Hugo Fernandes Neto, que seria ligado ao MDB e à campanha de 2012.

Os questionamentos alcançavam parlamentares tucanos, a filha de Paulo Preto e o trabalho do executivo no Desenvolvimento Rodoviário S/A. Na lista estava ainda uma pergunta sobre a prisão do ex-diretor da Dersa em 2010 – na ocasião, ele foi detido em flagrante ao negociar joia em loja de luxo de um shopping na capital paulista.

As mensagens constam do celular de Eduardo Cunha apreendido na Operação Catilinárias, em dezembro de 2015. Por ordem do juiz federal Sérgio Moro, a pedido da defesa do ex-deputado, o aparelho vai passar por uma nova perícia.

O emedebista está preso desde outubro de 2015. Ele foi condenado, pelo Tribunal da Lava -Jato, a 14 anos e seis meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

 

 

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