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Brasil O temor pelo futuro da democracia brasileira é “choro de perdedores”, disse o vice-presidente eleito, general Mourão

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Mourão anunciou que não pretende ser um "vice decorativo". (Foto: EBC)

As manifestações de temor pelo futuro da democracia brasileira são “choro de perdedores”, afirmou o vice-presidente da República eleito, general Hamilton Mourão, em entrevista à BBC Brasil. A partir de janeiro, o general estará ao lado de Jair Bolsonaro (PSL) no comando do País após a vitória na eleição de domingo.

Falando na sede paulistana do seu partido, o PRTB, o militar afirmou que as preocupações externadas por jornais e personalidades de fora do País são um “desserviço” prestado por seus adversários, insinuando que teriam sido provocados por uma “rede de contatos” de pessoas ligadas à campanha de Fernando Haddad (PT).

Mourão, que já anunciou não pretender ser um “vice decorativo” – descrição usada por Michel Temer para expressar sua mágoa com Dilma Rousseff antes do impeachment da petista –, disse que quer participar ativamente do governo. Como exemplo, citou a criação de “pequenos conselhos” que seriam responsáveis por coordenar projetos que envolvam mais de um ministério e “apresentar linhas de ação” para que Bolsonaro escolha entre elas.

A ideia seria, nas palavras do general, “explodir” o Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), pulverizando-o em diferentes “miniconselhos”. Sobre a política externa, Mourão disse que o Brasil aceitaria participar de uma ação militar para manutenção de paz na Venezuela se a ONU (Organização das Nações Unidas) decidisse criar tal missão.

Nesta quarta-feira (31), Mourão deve se reunir com Bolsonaro para resolver “algumas questões”. Os dois, segundo a programação, desembarcarão em Brasília na segunda-feira (05) para dar início, de fato, às negociações da transição de governo.

“Quando o presidente Bolsonaro me convidou para ser o vice, ele me disse que eu teria outras tarefas, foi bem no começo da nossa campanha. Ao longo desse período, nós fomos afinando o nosso discurso. Eu vejo que sou um assessor privilegiado. Privilegiado porque fui eleito junto com ele. Os demais assessores que forem escalados podem ser mandados embora a qualquer momento. Eu permaneço. Nós somos irmãos siameses”, disse o general.

“Então, a minha visão é cooperar em tudo aquilo que ele julgar necessário dentro do meu conhecimento, da minha expertise. Se pudermos coordenar alguns trabalhos, projetos que ele julgue necessário, eu estarei pronto para isso. Vou ocupar a área que a vice-presidência tem, que acho mais coerente, e estarei ali sempre próximo dele e irei apoiá-lo em todas as suas decisões”, prosseguiu o militar.

Questionado sobre privatizações, Mourão disse: “Sobre a Petrobras, o presidente Bolsonaro já disse que as áreas de refino e distribuição poderiam ser privatizadas e eu concordo com ele. Em relação à Eletrobras, tem que haver um estudo claro e, ser for possível, privatizar tudo que pode ser privatizado. Nós temos que ter, vamos dizer, não haver dúvida nisso aí”.

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