Geral O transporte coletivo de Porto Alegre tem atendimento emergencial nesta quinta, devido à greve nacional dos caminhoneiros
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2018
Nesta quinta-feira, o transporte coletivo de Porto Alegre tem um atendimento emergencial, devido à falta de combustível em meio à greve nacional dos caminhoneiros. Já as lotações funcionam normalmente. A informação foi divulgada pela prefeitura.
Em reunião na quarta-feira, a direção da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), representantes da Carris, da ATP (Associação dos Transportadores de Passageiros) e consórcios de ônibus definiram que a operação do serviço é normal nos momentos de pico durante o início da manhã (até as 8h30min) e também à tarde (na faixa das 17h às 19h30min).
Nos demais horários, as viagens serão realizadas de hora em hora. “A decisão acontece para possibilitar a prestação do serviço por um maior número de dias possíveis nos horários de demanda mais intensa da população”, ressaltou o Executivo municipal.
Coleta de lixo
A SMSUb (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), por meio do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) da Capital, por sua vez, informou que, em razão da paralisação dos caminhoneiros de todo o País, que ocorre desde o início da semana, a rodovia BR-290 (que leva até o aterro sanitário de Minas do Leão) está bloqueada.
A velocidade do fluxo de descarga dos caminhões, logística realizada na Estação de Transbordo da Lomba do Pinheiro, na Zona Leste de Porto Alegre, está sendo impactada pela dificuldade de acesso ao aterro.
De acordo com a direção do Departamento, se a paralisação não for finalizada a coleta de resíduos na Capital poderá ser comprometida. O Transbordo da Lomba do Pinheiro tem capacidade para armazenar cerca de 4 mil toneladas e cada dia de operação na cidade gera cerca de 2 mil toneladas.
Governo do Estado
Diante dos protestos dos caminhoneiros do País, o governo do Rio Grande do Sul divulgou em seu site (www.estado.rs.gov.br) um texto em que defende a necessidade de diálogo para superar o impasse que se reflete no abastecimento de produtos e na livre circulação em algumas rodovias.
“O governo reconhece as dificuldades enfrentadas pelo setor de transportes, principalmente em razão do aumento de mais de 300%, em menos de dois anos, da cotação do barril de petróleo no mercado internacional”, ressalta a mensagem. “Alerta, no entanto, para o fato de que o movimento está causando prejuízos imediatos a setores como o da produção do leite, de suínos e aves.”
Ainda na avaliação do Executivo gaúcho, “na medida em que parte da produção de leite começará a ser descartada por falta de transporte e animais poderão morrer em consequência da escassez de ração, o abastecimento da população sofre risco de ser prejudicado”.
“A preocupação é que essa situação venha a atingir a economia do estado como um todo, causando desabastecimento à população e sérios prejuízos aos setores produtivos”, prossegue o comunicado. “Para um efetivo acompanhamento em todo o estado, o governo instalou no dia de hoje um comitê formado pelos secretários da Agricultura, Pecuária e Irrigação, do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e da Comunicação.”
Por fim, o governo do Estado salientou a sua posição de rechaçar “quaisquer situações de violência, renovando o apelo para que se busquem as saídas para o impasse com diálogo sereno e responsável”.
Deixe seu comentário
Últimas
Política Em depoimento ao FBI e à Polícia Federal, Mauro Cid dá detalhes de venda de joias nos Estados Unidos
Política Lula defende investimentos na indústria de defesa “para construir paz, não para fazer guerra”
Política Felipe Neto é autuado por injúria qualificada após chamar presidente da Câmara de “excrementíssimo”
