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Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2018
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou ao menos 396 ocorrências em todo o País durante o segundo turno das eleições, 179, ou 45% delas, resultaram em prisões. Nenhum dos casos envolveu candidatos. As prisões se referem a fatos ilegais como propaganda irregular e prática de boca de urna, vetadas pela legislação eleitoral. O tribunal, porém, não detalhou as ocorrências. Foram registradas 13 no Rio Grande do Sul, 19 prisões em São Paulo, 19 em Minas Gerais, 16 no Amazonas, 15 no Pará, 12 no Paraná, 11 em Pernambuco e 11 em Santa Catarina.
O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, afirmou que o Estado comprovou ser capaz de alcançar quem comete crimes eleitorais. Neste domingo ele visitou o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Segurança Pública que acompanhou a realização do pleito e eventuais ocorrências em todo o país. “A mensagem que fica é que o Estado é forte e as votações foram pacíficas”, disse.
Agressões
Na cidade de São Paulo, a ocorrência mais grave ocorreu em Lauzane Paulista, bairro da zona norte, por agressão e desacatos a policiais no local de votação. As outras ocorrências no Estado estão relacionadas a divulgação de propaganda e tentativas de fotografar a urna eletrônica.
Em Palmas, no Tocantins, um eleitor foi preso após agredir um mesário. De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, ele apresentou o documento para a secretária, mas não para o mesário. O homem entrou em discussão com o mesário e rasgou a sua roupa. Os dois foram levados para a Polícia Federal, que lavrou um termo circunstanciado de ocorrência por suposto crime de desacato.
Em Fortaleza, no Ceará, um homem foi preso por atear fogo em uma urna eletrônica. O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Militar e levado à sede da Polícia Federal. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, o cartão de memória da urna não foi afetado. Os votos computados foram mantidos. A urna destruída foi substituída.
Em Rorainópolis, no extremo sul de Roraima, um mesário foi preso em flagrante nesta tarde por uma delegada civil por estar fazendo boca de urna. Não foi divulgado qual candidato ele defendia.
Um segundo mesário foi levado à Polícia Federal no município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, por tirar uma ‘selfie’ dentro da cabine de votação, fazendo uma referência a Jair Bolsonaro, do PSL.
Segundo o TSE, no País, das mais de 519 mil urnas eletrônicas distribuídas, 3,8 mil tiveram de ser substituídas, o que equivale a 0,7 4% do total. Em três seções, houve a necessidade de que o voto fosse manual em função de problemas nos equipamentos: uma no Amazonas, outra em Minas Gerais e uma terceira na Bahia.