Sábado, 20 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2025
A estação mais quente do ano terá início no Brasil às 12h03min (no horário de Brasília) deste domingo (21), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fim da estação está previsto para o dia 20 de março de 2026. Apesar da possibilidade de temperaturas acima da média, o calor não deve superar os níveis registrados no verão passado.
Conforme a empresa de meteorologia Tempo Ok, as temperaturas serão mais elevadas do que na primavera, mas a chance de bater recordes históricos será menor.
A porta-voz da Tempo Ok, Maria Clara Sassaki, afirma que o próximo verão será marcado por chuvas entre a média e abaixo da média na maior parte do País. “Isso acontece porque a circulação de ventos no alto da atmosfera vai dificultar o avanço das frente frias do Sul em direção ao Sudeste do Brasil”, explica a porta-voz. “Os sistemas até se formam, mas não conseguem avançar pelo continente.”
Ainda de acordo com Maria Clara, áreas da faixa leste de São Paulo e do Rio de Janeiro podem ter chuvas mais recorrentes. No entanto, no interior desses Estados, a precipitação será irregular.
Ela explica que há previsão de pancadas de chuva no fim de tarde, com possibilidade de trovoadas, ventanias e queda de granizo, como já é comum nesta época do ano. “Por ser uma chuva muito irregular e pouco frequente, que acontece também em pontos muito isolados, essa chuva não é significativa para áreas de alguns reservatórios que estão com déficit hídrico”, disse.
Partes da Região Sul, incluindo Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e do extremo Norte do País, como Amazonas, Roraima e Amapá, podem registrar chuvas acima da média. No Sudeste, o verão deve ser marcado por temperaturas elevadas e tendência de seca, assim como na Região Nordeste, que também terá chuvas abaixo da média.
Já a empresa Metsul informa que a chuva no Brasil nos próximos dez dias terá volumes abaixo da média no Sudeste e os mais altos acumulados previstos para o Norte e o Sul do País, com o canal de umidade amazônico voltado para a Região Sul.
O Inmet explica que, nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das Regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas. Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as Regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 mm e 1.100 mm. “Devido às suas características climáticas, com grandes volumes de precipitação, o verão no Brasil tem singular importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, por meio das hidrelétricas, e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.