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Brasil O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o ex-ministro Gustavo Bebianno “faltou com a lealdade” ao divulgar gravações com Bolsonaro

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O ex-general ressalvou não ter ouvido os áudios. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nessa terça-feira que o ex-ministro Gustavo Bebianno faltou com lealdade ao divulgar áudios de conversas suas com o presidente Jair Bolsonaro. As gravações foram publicadas pela revista “Veja”. De acordo com Mourão, o episódio explica porque a justificativa oficial da demissão de Bebianno foi de “foro íntimo” do chefe do Executivo federal.

“O governo não vai parar por causa disso”, avaliou. “Obviamente, aí está o foro íntimo, não estava todo mundo querendo saber o que era o foro íntimo? Está aí, o foro íntimo é isso aí. Não resta dúvida que o ex-ministro Bebianno, ao divulgar uma conversa privada dele com o presidente, está faltando com a lealdade. Não tenho mais o que comentar disso daí.”

Ele afirmou, ainda, que a divulgação de conversas pessoais é negativa: “Conversas pessoais são uma coisa complicada. Vocês todos sabem disso. Quando se começa a revelar conversas pessoais, a gente sai de uma situação de normalidade. Se eu vou conversar particularmente com uma pessoa que é da minha confiança, em tese, eu posso falar o que eu quero. Se a outra pessoa divulga… É muito ruim isso aí”.

Mourão ressaltou, porém, que não ouviu os áudios: “Eu não, pô. Eu tenho que trabalhar, cara”. O vice-presidente ainda evitou comentar a atuação do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, no episódio. Carlos acusou Bebianno de mentir e foi apontado como pivô da demissão do ministro.

“Não vou entrar em comentário a respeito do Carlos, que é filho do presidente da República”, ressalvou. “Filho é filho. Tem que aguardar. Esse episódio todo, agora que o Bebianno resolveu divulgar os áudios, mostra porque o presidente não queria mais ele no governo”.

Porta-voz

O porta-voz do governo, Otávio do Rêgo Barros, não quis comentar os desdobramentos do caso, ao mesmo tempo em que tentou imprimir uma agenda positiva ao pronunciamento oficial.

“O senhor presidente da República, sobre o assunto em pauta, considera que as informações foram devidamente esclarecidas no dia de ontem, por meio da divulgação de uma nota e vídeo distribuídos aos órgãos de imprensa”, declarou Rêgo Barros ao ser questionado pelo governo sobre os desdobramentos do caso.

No dia anterior, ao anunciar a demissão de Bebianno, Rêgo Barros explicou apenas que a decisão era “foro íntimo” de Bolsonaro. O presidente, por sua vez, divulgou um vídeo dizendo que visões diferentes sobre questões importantes levaram à exoneração do antigo braço-direito.

Bebianno ficou no centro de uma crise, iniciada com a divulgação pela imprensa de candidata laranja em Pernambuco, quando ele era presidente do PSL, o partido de Bolsonaro. A “mau tempo” foi agravado na última semana, quando o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, divulgou um áudio para desmentir Bebianno, que havia dito ao jornal “O Globo” ter conversado com Bolsonaro três vezes por WhatsApp, na tentativa de demonstrar que não havia estremecimentos no governo.

Carlos chamou Bebianno de “mentiroso” e foi endossado pelo pai no mesmo dia. Bolsonaro, além de replicar a mensagem do filho nas redes sociais, falou em entrevista à TV que não havia conversado com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência sobre o assunto.

Mais polêmica

Áudios de Bebianno e Bolsonaro vazados à imprensa nessa terça-feira colocam em xeque a versão de que o presidente não falou com o seu auxiliar no período em questão. Apesar da insistência dos jornalistas, o porta-voz Rêgo Barros se restringiu a repetir que todos os esclarecimentos já haviam sido dados na segunda-feira.

O porta-voz anunciou ações da agenda positiva que o governo tenta emplacar, inclusive a entrega da reforma da Previdência ao Congresso, marcada para esta quarta-feira de manhã, repetindo várias vezes que é preciso “olhar para frente”:

“Eu entendo que hoje é um momento de vitória do governo, com a proposta da Previdência pronta para ser entregue ao nosso Congresso, e a partir dessa entrega que o Congresso, dentro das suas capacidades de análise, possa dar a sociedade aquilo que se espera para o alavancamento do País. Então, nós temos que olhar para a frente”.

Ele também lembrou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, entregou nesta terça-feira o pacote apelidado de “anticrime” ao Congresso, entre outras ações, como auxílio em Brumadinho e ajuda a venezuelanos.

“O ministro Moro, hoje, cumprindo uma determinação do presidente da República, apresentou projetos de lei que vão combater uma das piores causas do nosso país crescer, que é a corrupção. Então, nós temos que olhar para frente, esse é o intuito do presidente”, finalizou. “Vamos olhar para frente, o futuro é promissor e é isso que nós esperamos do nosso presidente, do nosso Congresso e da nossa sociedade.”

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