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Mundo O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, quer diálogo com militares venezuelanos e descarta uso de território brasileiro pelos Estados Unidos

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General negou que a fala do presidente tivesse tom ameaçador. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu nesta segunda-feira (25) a abertura de um canal de diálogo com as Forças Armadas venezuelanas, que são hoje o principal pilar de sustentação do presidente Nicolás Maduro no poder. Na Colômbia para a reunião do Grupo de Lima, Mourão voltou a defender uma “válvula de escape” para Maduro deixar a Venezuela para que o país possa retomar a normalidade democrática. As informações são do jornal O Globo.

A gente tem que buscar um diálogo com alguém que fale pelas Forças Armadas, a gente tinha que abrir um canal de diálogo com as Forças Armadas venezuelanas. Com ele (Maduro), não”, disse o vice-presidente brasileiro. “Não tem outra solução, enquanto ele tiver apoio militar. A população contrária a Maduro está desarmada e tem que estar, porque senão iríamos para uma guerra civil que seria horrível para o continente.”

Perguntado se conhecia algum nome para abrir essas conversas entre os militares venezuelanos, por já ter sido adido em Caracas, Mourão disse que todos os seus conhecidos foram expulsos das forças.

Todos os que eu conhecia foram expurgados.”

Mourão disse ainda, em entrevista à GloboNews, que sob circunstância alguma o Brasil permitiria que os Estados Unidos usassem o território brasileiro em uma operação militar contra a Venezuela. Ele lembrou que qualquer presença de forças estrangeiras em território nacional precisava da autorização do Congresso, destacando que “a maior parte” do governo do presidente Jair Bolsonaro é contra dar a permissão aos EUA para uma intervenção no país vizinho.

O vice-presidente voltou a defender uma válvula de escape para Nicolás Maduro para que a Venezuela possa sair da crise institucional e política que vive hoje.

A gente tem que fazer o máximo possível para que eles (os militares) entendam que está na hora de Maduro renunciar. A gente tem que prover alguma válvula de escape, conceder alguma anistia, de modo que o país possa entrar no seu rumo direito novamente”, afirmou.

O vice-presidente, que representou Jair Bolsonaro na reunião que ocorreu nesta segunda-feira em Bogotá, disse ainda que “jamais” o Brasil apoiaria uma intervenção militar na Venezuela, já que isso feriria a soberania dos países. Ele cobrou da Organização das Nações Unidas (ONU) maior participação na pressão internacional e afirmou que o caminho é o aumento de sanções econômicas e diplomáticas.

Não, jamais. No caso do Brasil é muito claro, a gente não vai interferir num assunto interno de um país, é uma questão que tem que ser resolvida lá dentro, pelos venezuelanos. Nós sabemos que isso está exatamente na mão das Forças Armadas da Venezuela, e está na hora de elas se colocarem ao lado da democracia, ao lado do povo venezuelano.”

Mourão frisou em seu discurso, na reunião desta segunda-feira, que a Venezuela vem comprando equipamentos militares “sofisticados” desde 2009, “com considerável capacidade ofensiva”, sem “qualquer ameaça direta à sua soberania”. Ele criticou ainda a militarização da população, por meio de “milícias ideologizadas”. Para ele, a Venezuela representa hoje uma ameaça “à democracia, à defesa e à segurança dos países da região”.

Hamilton Mourão admitiu ainda que a tentativa de envio de mantimentos e remédios para a Venezuela não foi exitosa, como havia dito o governo brasileiro no final de semana.

É, exitosa a ajuda humanitária não foi. Eu acho que o exitoso que foi falado é que os caminhões chegaram até a linha de fronteira. A partir dali, as forças da Venezuela impediram a população com resultados que vocês sabem”, disse.

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