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Por Redação O Sul | 22 de maio de 2017
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no Rio Grande do Sul, , Ricardo Breier, informou que a entidade buscará no STF (Supremo Tribunal Federal) informações adicionais do depoimento do executivo da JBS Ricardo Saud. Em delação premiada, divulgada na sexta-feira (19), o empresário diz ter repassado R$ 1,5 milhão em suposta propina à campanha do governador José Ivo Sartori (PMDB).
O pagamento, feito a pedido do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que concorria à Presidência da República, teria ocorrido na campanha de 2014, como “doação oficial dissimulada”. Segundo ele, 16 governadores eleitos receberam propina, sendo quatro do PMDB.
“Nós entendemos que os fatos que estão sendo noticiados dessa delação premiada são gravíssimos, e os gaúchos precisam efetivamente saber o que está acontecendo”, afirmou o dirigente.
Sartori afirmou, na noite de sexta-feira (19), que a doação da empresa JBS para a sua campanha ao governo do Estado foi “declarada e com recibo, dentro da legalidade”.
“Nunca participei desse mar de lama. E o povo gaúcho pode ter certeza de que não haverá nada que prove o contrário”, garantiu Sartori por meio do Twitter.
“Minha honra é meu maior patrimônio. Faz parte da minha criação fazer a coisa certa. Não aceito a generalização. Não me misturem com essa gente. Pratico e sempre pratiquei a política da seriedade, da integridade e da transparência”, prosseguiu o chefe do Executivo gaúcho. “Espero que haja responsabilidade na abordagem do assunto, com investigação e punição rigorosas para os culpados”, concluiu.