Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2017
Todos os anos são registrados cerca de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Esse é o segundo tipo da doença mais comum entre as mulheres brasileiras, mas quando descoberto no início a possibilidade de cura é de 95%.
A maior parte das pacientes que enfrenta essa doença são mulheres com mais de 50 anos; apenas 2% tem menos de 30 anos. O médico mastologista Gabriel Caveanha, do Albert Sabin Hospital e Maternidade, alerta que além da pré-disposição genética, outros fatores aumentam o risco do desenvolvimento do câncer como a obesidade, o consumo de bebidas alcoólicas e uso prolongado de reposição hormonal no pós-menopausa.
Entre os principais sintomas estão o aparecimento de nódulo palpável nas mamas ou nas axilas, vermelhidão da pele, retração da pele ou do bico do peito, espessamento de pele ou saída de secreção como uma “água rocha” ou cor de sangue pelo bico do peito.
Exames
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), 66% dos diagnósticos são feitos pelas próprias pacientes, no autoexame, mamografia 30%, e no consultório, com auxílio do médico pela palpação 3,7%.
“Quando diagnosticados pela própria paciente, os cânceres já são sintomáticos (o próprio nódulo palpável é o sintoma). Isso significa que, na maioria dos casos, o estado da doença já está avançado. Por isso é importante rastrear a doença antes que esses sintomas apareçam, o que é possível com a mamografia”, explica Dr. Gabriel.
O aumento do uso da mamografia aumentou em 35% de 2010 a 2016, o que tem alterado o curso natural das doenças ao serem diagnosticadas no início. Por isso a campanha nacional do Outubro Rosa incentiva as mulheres a realizarem exames periodicamente. Se descoberto mais tarde, a chance de cura cai para 50%.
A mamografia é o exame mais eficiente e recomendado pelos médicos, pois consegue identificar uma lesão em média 2 anos antes de se tornar evidente clinicamente, a partir de 2 mm de diâmetro.