Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2016
Responsável pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o advogado Nilo Batista disse, na segunda-feira, que o petista é vítima de “achincalhamento” e “maledicência”. Batista contou que o empresário Léo Pinheiro, da OAS, insistiu para que fosse feita uma reforma no apartamento reservado ao ex-presidente, no Guarujá (SP). Mas que Lula só soube do custo da obra pelos jornais. E, ao saber do preço, desistiu.
O jurista minimiza ainda a repercussão da revelação feita pelo jornal Folha de S.Paulo, de que a Odebrecht foi responsável pela obra em um sítio frequentado por Lula, na cidade de Atibaia (SP). Lembrando que o petista não é proprietário, mas “beneficiário indireto”, ele diz que Lula não ocupava mais cargo público quando as obras foram realizadas: “Ainda não me debrucei sobre isso. Mas vamos admitir que tenha sido feita uma obra. Qual é o problema?”, reage Nilo Batista.
Segundo o advogado, um empresário poderia ter feito uma visita ao sítio e, após avaliar a precariedade de suas instalações, se oferecer para uma obra. “Aquilo é um puxado. E Lula não era mais funcionário público”. O advogado ironiza o fato de a compra de um barco ser apontada como indício de que Lula e sua família usufruíam do sítio: “Iria colocar o barco onde? Dentro do apartamento, colocar o bote na sala?”.