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Brasil A Odebrecht pagou 35 milhões de reais a partidos da chapa Dilma-Temer, diz delator

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Delações da Odebrecht causaram grande impacto no meio político. (Foto: Divulgação)

Para garantir uma ampliação no tempo de TV da chapa Dilma-Temer na campanha de 2014 , a Odebrecht comprou partidos políticos por 35 milhões de reais, via caixa 2, afirmou o ex-executivo da empreiteira, Alexandrino Alencar, em delação premiada.

No depoimento ao Ministério Público, ele foi questionado sobre uma reunião que participou com o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva. No encontro, a empreiteira teria recebido o pedido de doação para partidos políticos. Segundo ele, o valor pago foi considerado “factível”.

Edinho Silva afirma que o trabalho de arrecadação na campanha 2014 foi realizado dentro da legalidade e que todas as doações estão declaradas à Justiça Eleitoral. Diz ainda que as afirmações do delator se parecem com uma “peça de ficção”.

“Eu entendo que, dentro da política do grupo, havia um posicionamento de se aproximar, ter um bom relacionamento político partidário estratégico. E eu acredito que, dentro desse entendimento, Marcelo (Odebrecht) entendeu que esse valor era um valor factível, dentro das projeções dele, para agradar a chapa “Com a Força do Povo”, o que parecia, à época, a chapa vencedora. Então ele fez esse investimento apostando no futuro ter contrapartidas junto à presidenta”, disse.

O relator ressaltou que, além desse pagamento, outros 7 milhões de reais foram doados oficialmente à campanha, totalizando 42 milhões de reais. No depoimento, ele não citou a quais partidos esses recursos foram destinados.

“Eu acho que fazia parte, eu acho que do, das projeções dele de um investimento nesse ramo político, e uma contrapartida futura em projetos de infraestrutura, projetos de petroquímica, projetos na área industrial”, enfatizou.

Alencar foi questionado se esse “relacionamento” com então governo Dilma Rousseff estava compensando até aquele momento. “Sem dúvida”, respondeu, antes de ponderar que a decisão da empresa de fazer o pagamento levou em conta possíveis benefícios que seriam colhidos até 2018.

“O senhor sabe se compensou esse investimento?”, perguntou o representante do Ministério Público. “Eu acho que não, né. Eu acho que porque, primeiro que o futuro foi curto e as condições de mercado mudaram muito. Mas aí é questão do empresário. O empresário, é uma atividade de risco, né. Nem todas você ganha”, afirmou. (AG)

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