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Brasil Oito Estados brasileiros têm quedas acima de 70% nas internações por covid. O Rio Grande do Sul está entre eles

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A taxa de ocupação dos leitos de UTI em geral é de 58,4%.(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Com quase 45% dos brasileiros totalmente vacinados e 70% com aplicação parcial, o Brasil já colhe os frutos de uma imunização ampla contra a covid-19 também dentro dos hospitais. De acordo com levantamento realizado com dados disponibilizados por secretarias de Saúde, ao menos oito Estados apresentam quedas de 70% ou mais no número de hospitalizados com a doença em comparação ao pico da pandemia, que deve atingir a marca de 600 mil mortes esta semana.

O Rio de Janeiro, por exemplo, teve em setembro o menor número de novas internações desde o começo da pandemia, contabilizando todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A classificação abarca todos os casos respiratórios, com diagnóstico para covid-19 ou não.

A análise geral, porém, se faz importante já que algumas cidades fluminenses tiveram dificuldades de testagem para o coronavírus. No mês passado, foram 6 mil internados no estado, um número 70% menor do que o pico da doença, em abril.

O Pará também bateu as menores médias em setembro, tanto nas internações de leitos clínicos quanto na UTI. A redução na internação geral ficou próxima a 90%, quando comparada a setembro e março deste ano.

Em situação parecida está o Espírito Santo, com queda de 74% no número de internados na UTI quando comparamos os recentes indicadores com as taxas de abril deste ano — o pior momento da pandemia na região. Na terça-feira (5), 250 pessoas estavam hospitalizadas em leitos de alta complexidade. A menor taxa ocorreu em 10 de setembro, com 189 registros.

No Rio Grande do Sul, a queda foi de 79% nos hospitalizados em UTI, suspeitos e confirmados por covid-19, considerando os indicadores de 21 de março comparados com 5 de outubro. Na Paraíba, a queda geral foi de 87%.

Acima dos 90%

O Ceará chegou a ter 1.717 leitos de UTI abertos, no dia 6 de abril. Na data, 1.585 pessoas estavam hospitalizadas, 94,4% a mais do que a última terça. No Tocantins, a queda pode ser observada no número de novas internações gerais: na terça-feira, houve a internação de um único paciente com covid-19 na rede estadual.

Trata-se de uma queda de 97,7% em comparação aos 45 hospitalizados em um único dia, em 23 de março. O registro de um único paciente internado ao longo de 24 horas também ocorreu no final de setembro e no dia 2 de outubro e, antes disso, somente em 1º de janeiro.

O Estado de São Paulo, por sua vez, apresentou nesta semana a taxa mais baixa de internações por covid em um ano e meio de pandemia. Atualmente, há 4.674 pessoas hospitalizadas em decorrência da doença na rede pública estadual, sendo 2.244 em unidades de terapia intensiva (UTI) e 2.430 em enfermaria.

Segundo a secretaria estadual de Saúde, marca similar tinha sido atingida pela última vez em 10 de abril do ano passado, com 1.919 pessoas em UTIs e 2.689 em leitos clínicos, em um total de 4.608 pacientes. A título de comparação, o estado já chegou a ter 31 mil pessoas hospitalizadas em decorrência da infecção pelo coronavírus, um número sete vezes maior que o atual.

Na rede particular paulista, as internações também estão em queda. Uma pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) apurou que 98% dos hospitais pesquisados informam que houve diminuição da internação de pacientes com covid.

Destes, 64% dos serviços de saúde apontam diminuição da ocupação de leitos entre 41% e 50%. O estudo foi realizado entre 13 e 21 de setembro e ouviu 60 hospitais privados, sendo 27% da capital e 73% do interior de São Paulo. Juntos, eles somam 2.454 leitos de UTI e 4.157 leitos clínicos.

Para o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a queda de internações tem relação direta com o avanço da vacinação contra a covid-19.

“Não tenho dúvida de que isso tudo é feito do processo massivo de vacinação no País. O brasileiro, ao contrário de outros povos, têm uma cultura vacinal. Temos esse hábito desde a década de 70, quando iniciamos a imunização da meningite. As pessoas já viram o quanto isso é fundamental, embora às vezes ainda tenhamos sinais trocados em relação a isso por parte das autoridades”, afirma.

Com a vacinação fixada como fator principal da queda, há um segundo fator — muito mais restrito, diga-se — que ajudou a reduzir as médias de hospitalização. Trata-se da alta prevalência da variante gama, surgida em Manaus, que elevou os indicadores de casos e mortes no Brasil ao longo do primeiro semestre do ano, deixando um número de pessoas menos suscetíveis às infecções. Embora, é importante ressaltar, já se saiba que a proteção da vacina é mais potente e duradoura do que a conquistada por meio da infecção natural.

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