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Olimpíada Olimpíada com mais atletas LGBTQ da História coloca diversidade no Japão em xeque

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Ativistas esperam usar os Jogos como uma oportunidade para aumentar a conscientização e o apoio público para questões de gênero no país. (Foto: Reprodução)

Mais de 160 atletas declaradamente LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e outros) devem participar da Olimpíada de Tóquio-2020, tornando os Jogos deste ano os mais inclusivos de todos os tempos.

Isso colocou um foco no Japão, país anfitrião, que os ativistas dizem estar em desacordo com grande parte do resto do mundo, por não ter visto a mesma mudança social radical que tornou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e maior inclusão uma realidade em muitos países.

A ativista trans Fumino Sugiyama, ex-esgrimista de 39 anos da seleção do Japão, disse ter ficado muito feliz em ver o progresso da diversidade nos Jogos. Segundo ela, a linguagem discriminatória era comum em sua época de atleta.

Sugiyama começou na esgrima aos 10 anos, crescendo na carreira e participando de competições internacionais pela equipe feminina japonesa. Ela se sentiu em conflito por se identificar como mulher em competições e se aposentou aos 25 anos.

“Eu adorei a esgrima, mas não senti que poderia encontrar um lugar para mim”, disse.

Embora o Japão seja conhecido por sua forte sociedade civil e democracia, ativistas de direitos humanos dizem que há um longo caminho a percorrer para lidar com questões de gênero.

A Carta Olímpica proíbe a discriminação, e embora Tóquio tenha aprovado uma lei antidiscriminação há três anos, não há as mesmas proteções legais para grande parte do resto do país.

Ativistas de direitos humanos esperam usar os Jogos como uma oportunidade para aumentar a conscientização e o apoio público para questões LGBTQIAP+.

“Acho que muitas pessoas no mundo pensam que o Japão é o defensor dos direitos humanos, mas é o contrário, porque não temos igualdade no casamento, não temos nenhuma lei que proíba a discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero”, afirmou disse Gon Matsunaka, fundador do primeiro centro LGBTQIAP+ do Japão.

As equipes estrangeiras também estão levando a mensagem ao Japão. A capitã do time de hóquei feminino da Alemanha, Nike Lorenz, usará uma braçadeira de capitão com as cores do arco-íris para mostrar solidariedade às comunidades LGBTQIAP+ em todas as suas partidas, disse a Confederação Alemã de Esportes Olímpicos.

A entidade disse que o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou seu pedido para permitir que Lorenz coloque a braçadeira, assim como o alemão Manuel Neuer, o capitão da seleção masculina de futebol, fez na Euro-2020 no mês passado.

“Estamos felizes por termos encontrado um caminho comum que possibilita ao time de hóquei fazer uma declaração sócio-política”, disse Alfons Hoermann, o presidente da confederação.

Sugiyama, que também organiza a marcha do orgulho anual da cidade, se tornou a primeira pessoa trans a ser indicada para o Comitê Olímpico Japonês.

“Ser excluído do mundo dos esportes é o mesmo que ser excluído da sociedade, então acho importante aproveitar esta oportunidade para conduzir com firmeza a discussões positivas.” As informações são do jornal O Globo.

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