Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2025
Nessa quarta-feira (21), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Gaeco/MPRS) deflagrou nas cidades de Passo Fundo e Barra Funda (Norte gaúcho) uma operação contra esquema de lavagem de dinheiro desviado em ações judiciais. O montante ultrapassa R$ 40 milhões, dos quais R$ 4,7 milhões foram apreendidos em dinheiro-vivo em residência e escritório do advogado Maurício Dal Agnol.
Cerca de 60 agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, em ofensiva coordenada pelo promotor de Justiça Diego Pessi, do 7º Núcleo Regional do Gaeco e com apoio da Brigada Militar (MPRS). As ordens foram expedidas pela Justiça para permitir a localização de provas e o bloqueio de bens dos investigados – oito pessoas físicas e diversas empresas.
O saldo da operação inclui o sequestro judicial de mais de 50 imóveis, 25 veículos e créditos financeiros, além do recolhimento de documentos, celulares, quatro armas-de-fogo. Na lista também consta grande quantidade de caixas de charutos e bebidas.
No que se refere aos R$ 4,7 milhões, as cédulas foram depositadas em juízo no Banrisul. Conforme o MPRS, a apuração prossegue, com a análise do material apreendido e novas diligências.
Crimes remontam a 2014
O advogado gaúcho Maurício Dal Agnol, 50 anos, estava em casa quando os agentes chegaram. Ele cumpre sentença de seis anos de prisão em regime semiaberto, mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Também teve seu registro profissional cassado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Dal Agnol é alvo de mais de 200 processos judiciais. Em uma dessas ações, foi condenado a indenizar clientes em R$ 66 milhões, por danos morais coletivos – sem contar mais de R$ 230 milhões em ações individuais.
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