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Geral “Operação dedo-duro” do ministro das Relações Institucionais busca reforçar a articulação política do governo com o Congresso

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(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Cansado de pedir a ministros que enviassem aos aliados suas agendas de compromissos oficiais fora de Brasília, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, decidiu partir para a “operação dedo-duro”. O apelido foi dado por assessores do ministro.

Montada para melhorar a articulação política do governo com o Congresso, a estratégia consiste em apontar a deputados e senadores os nomes dos ministros que vão viajar pelos Estados, os compromissos que terão e as datas de deslocamento.

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou de ministros que levem parlamentares a tiracolo em suas comitivas para visitas e inaugurações, a pasta passou a vasculhar os pedidos de viagem feitos à Força Aérea Brasileira (FAB).

De posse das informações da FAB sobre os roteiros de trabalho, um servidor telefona para coordenadores e líderes de bancadas, na Câmara e no Senado. Governadores e prefeitos também são avisados.

A participação de parlamentares e mesmo de governadores e prefeitos em viagens com Lula e seus auxiliares é vista como sinal de prestígio no reduto eleitoral. “É uma maneira de consolidar a base e criar uma relação de confiança”, afirmou o deputado Fausto Pinato (PPSP), que acompanhou Lula na viagem à China, em abril.

“O presidente deveria até cobrar que os ministros das principais pastas viajassem mais. No interior de São Paulo, está tendo muita inauguração de hospitais e escolas com recursos federais, mas o governo não aparece.”

O movimento do Planalto ganha maior importância neste ano que antecede as eleições municipais. Muitas vezes, porém, um ministro representa um partido que, embora aliado do governo Lula, é adversário do deputado nas disputas locais. Aí começa o problema, que se soma às queixas pelo atraso na liberação de cargos e emendas parlamentares.

Líder do Centrão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reclamou de não ter sido convidado para integrar, em 29 de maio, a comitiva do ministro da Justiça, Flávio Dino, a Alagoas. Na ocasião, Dino esteve em Maceió para anunciar investimentos de R$ 20 milhões, destinados à segurança pública do Estado, ao lado do governador Paulo Dantas, que é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e rival de Lira.

Na contabilidade da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), os ministros que mais seguiam a recomendação de enviar seus roteiros de viagem, antes mesmo da “operação dedo-duro”, eram Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e André de Paula (Pesca e Aquicultura). Agora, ao que tudo indica, todos terão de se enquadrar.

Em outra frente, a SRI também montou um sistema para destravar mais de 400 nomeações em estatais, bancos e autarquias. “Cada porta que se fecha para um parlamentar é uma porta trancada para o governo no Congresso”, reclamou Padilha na última reunião ministerial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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