Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2015
				As investigações da Operação Lava-Jato, iniciadas em Curitiba (PR), colocaram pelo menos 66 políticos na mira da PF (Polícia Federal) e do MPF (Ministério Público Federal). Apesar da primeira instância comandada pelo juiz Sérgio Moro ter decretado cerca de 75 condenações, como a do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, a maioria dos casos não resultou ainda em punição.
A apuração de grande parte dos episódios está sob a guarda do STF (Supremo Tribunal Federal), que até agora só decretou a prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MT), preso por tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
O gabinete do ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no STF, preferiu não listar os parlamentares que são alvo de investigações. Segundo a assessoria da Corte, somente quando não houver mais processos sob sigilo eles serão divulgados. Ainda há averiguações secretas no órgão, que poderão resultar em novos pedidos de busca e apreensão à PF.
As investigações, que foram tornadas públicas, mostraram que o PP é o partido com o maior número de políticos investigados: 31. Logo em seguida aparece o PMDB, com 17 pessoas. O PT, por sua vez, tem 13 suspeitos de participar do esquema de corrupção na Petrobras. Solidariedade, PSB e PTB, juntos, têm cinco na lista da Lava-Jato.
O STF entrou em recesso e deixou para 2016 decisões pendentes. A mais aguardada é o pedido da PGM (Procuradoria-Geral da República) de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo. Ele é suspeito de corrupção e de atrapalhar as averiguações da Lava-Jato. (AG)