Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de agosto de 2019
Partidos de oposição do Paraguai apresentarão um pedido de impeachment contra o presidente, Mario Abdo, e o vice-presidente Hugo Velázquez, por conta do escândalo em torno de um polêmico acordo energético com o Brasil. A usina hidrelétrica binacional é localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai
Acordo
Políticos e parlamentares reagiram contra o acordo fechado em maio, que estabelece um cronograma para a compra de energia gerada pela hidrelétrica binacional Itaipu até o ano de 2022.
Esse acordo elevará os custos para a empresa estatal de eletricidade do Paraguai em mais de US$ 200 milhões, segundo o ex-diretor da entidade. O tratado, assinado sem consulta à opinião pública pelos governos de Brasil e Paraguai, foi divulgado apenas na semana passada.
O novo chanceler, Antonio Rivas, disse que o Paraguai solicitou a reunião com as autoridades brasileiras para resolver o impasse e disse que encontrou “uma visão positiva” nos representantes do Itamaraty.
“Queremos corrigir a situação com o Brasil”, disse o diplomata. Os vizinhos pretendem invalidar a ata e instruir os técnicos da Ande e da Eletrobras para um novo contrato.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, também comentou nesta quarta (31) a questão de Itaipu.
“Olha, nosso relacionamento com o Paraguai é excepcional, excelente. Estamos dispostos a fazer justiça neste questão de Itaipu Binacional, que é importantíssimo no Paraguai e importante para nós”, disse Bolsonaro, segundo a Reuters.
“Não é questão de ceder ao Paraguai. Não é meio a meio? A princípio é por aí. As pequenas derivações a gente acerta aí”, acrescentou.